A chuva que destruiu Porto Alegre confirma uma profecia da engenheira hidráulica: “A MAIOR CHUVA AINDA ESTÁ POR VIR”.
Toda cidade tem um monitoramento das chuvas medidas em centímetros e esse apanhado permite que se crie uma equação capaz de predizer a quantidade de chuva que poderá vir até daqui a cem anos.
Esse tipo de equação é do mesmo tipo que a engenheira usa para determinar a altura das grandes barragens, predizendo a quantidade de água a chegar no lago da barragem nos próximos dez mil anos! Belém tem uma equação e, mesmo sendo possível predizer a maior chuva, afirmo que BELÉM NUNCA SERÁ ALAGADA COMO PORTO ALEGRE! O segredo desta afirmação está na situação geográfica. Belém é uma península cercada pelo Rio Guamá e pela grande Baía do Guarujá. No interior da península existem muitos canais que deságuam, ao fim do curso, nesses dois poderosos depósitos de água. Então, basta um tempo suficiente para que as águas cheguem no Rio e à Baía. Esse tempo é de 6 horas, tempo esse, necessário para iniciar a vazante da maré. Ora direis, Porto Alegre tem ao lado um grande lago que se comunica com o mar, porém, a altura da maré é bem menor que à nossa, que chega a 4 metros. Belém não tem morros e montanhas à montante (atrás) de suas ruas, que poderiam produzir correntezas violentas levando de roldão o que encontrarem pela frente. Portanto, essas são as razões principais que me fazem profetizar que Belém nunca alagará como Porto Alegre.
(*) Nagib Charone Filho
Engº. Civil e Profº. da UFPa.
nagibcharone@yahoo.com.br
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