Quando chega o período eleitoral tento reacender minha bola de cristal. Então, bora lá.
O atual prefeito, Edmilson Rodrigues, vem pra reeleição com uma taxa de rejeição tão significativa
que chegou até São Paulo, sendo usado pelo prefeito Ricardo Nunes para atingir o PSOL e o
deputado Guilherme Boulos, seu provável adversário no segundo turno. Acredito que a primeira
tradição será mantida, Ed vai desencolher e estará no segundo turno; porém a segunda tradição, o
prefeito se reeleger, pode ser quebrada e tudo depende do adversário. A vitória estará mais perto
se o segundo turno for Ed x Eder, nacionalizando o pleito numa capital onde o presidente Lula está
bem. Qualquer outro nome tira o homem da cadeira, já que 99,9% dos eleitores do Delegado
estarão com o adversário do nosso professor no segundo turno. Por isso mano, bate pouco no
primeiro turno, deixa a macetada pro segundo.
Já Eder Mauro, atual líder nas pesquisas, tende a desidratar no decorrer do pleito, muito devido ao
seu despreparo em debates e posicionamentos polêmicos; o ideal seria ele sofrer um acidente no
início da campanha para ficar calado, assim como aconteceu com seu padrinho político em 2018.
Nosso peruquinha terá que lutar para encolher pouco se quiser chegar a grande final. Estando lá,
terá que conquistar os votantes de centro, ou seja, terá que praticamente renascer, pois seu perfil
não casa com a moderação e o equilíbrio exigido por esse eleitorado. Por isso delegado, tome chá
de passiflora e valeriana dia sim, dia também e procure um psicólogo.
A grande incógnita é o candidato escolhido pelo governador Helder Barbalho, será que Igor
Normando emplaca? Foi uma surpresa, pelo acúmulo e pelo trabalho realizado em Belém nos
últimos tempos, o candidato seria o Priante. Essa mexida do nosso “rei do norte” pode dar certo,
mas hoje não vejo no menino Normando um candidato com luz própria suficiente pra iluminar os
eleitores e chegar na próxima fase. Desde Coutinho Jorge o MDB não elege o prefeito da capital e
essa possibilidade é real nessas eleições com um candidato mais cascudo, que passe confiança e
maturidade. Por isso governador, ainda dá tempo de remexer.
Nesse cenário as chances do Tiago Araújo aumentam, pois com a possível atrofia do atual líder das
pesquisas, esses eleitores tendem migrar para um candidato mais a direita e com perfil mais
ajuizado; ou seja, o segundo turno pode cair no colo do candidato do Republicanos. Nesse caso,
nosso Tiaguinho traria com certa facilidade, todo eleitorado bolsonarista e, segundo minhas
contas, destronaria o rei. Por isso parente, segue o script, só bate na gestão atual.
A coisa vai estar por ai, o restante dos candidatos serão coautores dessa novela. Será que teremos
o primeiro prefeito não reeleito de Belém? Bora ver os capítulos, bora.
Professor Elson Silva
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