Blog Belem News

DESDE 2008

 

Novos resultados de um estudo preliminar com a amicretina, molécula que simula a ação de dois hormônios (GLP-1 e amilina) no corpo, revelaram que a substância pode ser ainda mais potente do que a conhecida semaglutida, do Ozempic, no tratamento contra a obesidade.

➡️Dados publicados na revista científica “The Lancet” mostram que a amicretina pode proporcionar uma redução acima de 24% do peso corporal em um período de 36 semanas.

De acordo com a Novo Nordisk, farmacêutica que desenvolveu a substância, o tratamento subcutâneo semanal com escalonamento de dose até 60 mg “foi bem tolerado e com perfil de segurança semelhante ao de outros agonistas dos receptores de GLP-1 e amilina”.

A terapia com a amicretina é a primeira a combinar os mecanismos que simulam a ação dos receptores desses dois hormônios em uma única molécula.

🧠 O GLP-1 é um hormônio secretado principalmente pelas células do intestino. Ele vai até o cérebro e estimula algumas células, diminuindo o apetite. Já a amilina é produzida no pâncreas e envia ao cérebro esses mesmos sinais que dão ao corpo uma sensação de saciedade(entenda mais abaixo)

Para se ter uma noção, até o momento, algumas das principais substâncias estudadas para o combate da obesidade têm os seguintes resultados e formas de ação:

  • Semaglutida – média de redução de 17% do peso em 68 semanas, é a substância do remédio Wegovy. Simula o hormônio GLP-1;
  • Retratutida – média de redução de 24% do peso em 52 semanas. Simula três hormônios: GLP-1, GIP e GCG;
  • Tirzepatida – média de redução de 20% do peso em 36 semanas, é o princípio ativo do remédio Mounjaro. Simula os hormônios GIP e GLP-1.

É importante lembrar que os estudos envolvendo diferentes princípios ativos não são diretamente comparáveis, já que possuem duração e objetivos primários distintos.

Apesar disso, os novos estudos com a amicretina mostram que a substância tem grande potencial para ser efetiva na perda de peso.

“Estamos entusiasmados em avançar com o desenvolvimento clínico da amicretina subcutânea e oral para a fase 3, a fim de avaliar seu potencial como opção terapêutica para controle de peso”, afirma Martin Holst Lange, vice-presidente executivo de Desenvolvimento da Novo Nordisk.