Blog Belem News

DESDE 2008

Jovem, que já era investigado pela Polícia Federal por fazer o Enem no lugar de dois estudantes, teria feito a prova pelo irmão.

Autor:Adams Mercês/DOL
terça-feira, 21/05/2024, 09:38

Um caso complexo onde a inteligência foi a arma usada para cometer fraudes intriga as autoridades e os estudantes que dedicam muito tempo à preparação para conquistar a tão sonhada aprovação em uma universidade pública.

Assim pode ser resumido o caso do jovem que fez a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no lugar de duas outras pessoas, que conquistaram vagas no curso de Medicina no Campus de Marabá da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no sudeste do estado.

Com o decorrer das investigações, a Polícia Federal descobriu que uma terceira pessoa pode ter sido beneficiada com o esquema de fraude no Enem, conquistando uma vaga para um dos cursos de engenharia na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

De acordo com a PF, André Rodrigues Ataíde, de 23 anos, teria feito a prova do Enem 2022 também no lugar do seu irmão. Ele já é suspeito de fazer o exame no mesmo ano para outro familiar, Eliésio Ataíde, de 25 anos.

A suspeita surgiu a partir da análise de documentos e aparelhos eletrônicos apreendidos na primeira fase da Operação Passe Livre, deflagrada em fevereiro deste ano, a qual cumpriu mandados de busca e apreensão contra André, Eliésio e Moisés Assunção, de 25 anos.

Na terceira fase da Operação Passe Livre, deflagrada na manhã desta terça-feira (21), os agentes federais foram novamente ao endereço de André Ataíde, que, ao avistar a chegada dos policiais, jogou o celular pela janela do banheiro. Segundo a PF, o aparelho será analisado para esclarecer o caso e verificar se há outras fraudes semelhantes. As investigações seguem em andamento.

HISTÓRICO DO CASO

André Ataide chegou a ser preso preventivamente em 29 de março na casa de parentes em Belém durante a deflagração da segunda fase da Operação Passe Livre, mas entrou em liberdade provisória no dia 6 de abril por decisão da Justiça Federal.

A Polícia Federal informou que, após a ação realizada nesta terça, se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato com causa de aumento de pena, entre outros crimes.