Anda de cabeleira baixa o deputado federal Éder Mauro (PL) depois dos cabeludos escândalos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro com a mutreta das joias sauditas e com as denúncias de conspiração golpista para derrubar Lula. Além de deputado e presidente regional do PL, Éder é delegado de polícia. Por dever de ofício, tem a obrigação de conhecer as leis. Ao defender Bolsonaro, líder maior do PL, o parlamentar atropela as próprias leis que ajudou a escrever e jurou respeitar. Éder, por enquanto, não vai largar seu líder. Ele conhece, porém, o sacramento sagrado dos policiais: polícia não se mistura com bandido. A conferir.
Lealdade a Bolsonaro
Numa demonstração de fidelidade ao ex-presidente, Éder continua a manter em suas redes sociais foto postada em 29 de novembro de 2022 – portanto, após as eleições –, em que ele aparece sorrindo ao lado do então presidente Bolsonaro. A foto ilustra a seguinte mensagem: “Lealdade acima de tudo. Estaremos sempre a postos”.
CULTURA EM GUERRA
Produtores culturais paraenses entraram em curto-circuito com a Equatorial Energia. Acusam a empresa de retardar patrocínio para projetos culturais beneficiados pela Lei Semear. Para 2023, o governador Helder Barbalho fixou em R$ 15 milhões o teto dos benefícios fiscais a empresas que patrocinarem projetos culturais no Estado. Embora estude patrocinar alguns projetos, a Equatorial ainda não meteu a mão no bolso. Mas vai metê-la no bolso dos consumidores paraenses. Em setembro, da conta de luz fica 10% mais cara. É a Equatorial demonstrando que, se não poupa energia para sacrificar o consumidor, economiza grana na hora de patrocinar a cultura paraense.
Briga com a Fundação
Os produtores também estão pê da vida com o presidente da Fundação Cultural do Pará, Thiago Miranda. A Fundação habilitou, em março deste ano, mais de 500 projetos para receber patrocínio pela Lei Semear. Poucos decolaram. Mas muitos projetos de produtores do Sul do Pará estão sendo contemplados por meio de convênio feitos diretamente com a Fundação Cultural. A maioria desses projetos é de Marabá, terra de Thiago.
Prêmio de consolação
O prefeito de Marabá é Tião Miranda (PSD), pai do presidente da Fundação Cultural. Thiago concorreu pelo MDB à Assembleia Legislativa. Não se elegeu, mas ganhou como prêmio de consolação a presidência da Fundação. Foi um arranjo político feito com Tião Miranda para manter a aliança MDB-PSD em Marabá.
MAPA DO TURISMO
O Mapa do Turismo do Brasil existe há mais de 15 anos. Mas somente agora os prefeitos de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), e de Santarém, Nélio Aguiar (União Brasil), dois importantes destinos turísticos paraenses, incluíram os municípios que governam no Mapa do Ministério do Turismo, estratégico sistema para desenvolver a indústria turística regional brasileira. Assim é ralado.
MODELITO MARAJOADA
Virou moda entre as autoridades paraenses a camisa estampada com desenhos geométricos marajoaras, imortalizados pelo padre italiano Giovanni Gallo, fundador do Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari. A moda começou muito lá atrás com Pinduca. O cantor exagerou. Em seu figurino incluiu chapelão de palha estilo mexicano, cheio de penduricalhos artesanais típicos do Pará. Parece uma árvore de Natal paraense. Mas aos artistas, tudo (ou quase tudo) lhes é permitido – até o exagero.
Hélder e Ed aderiram
O modelito foi adotado pelo governador Helder Barbalho e pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, durante os eventos preparatórios para a COP 30. Continuam a usá-lo em reuniões com autoridades de outros países. Felizmente, descartaram o chapelão mexicano do Pinduca. Melhor assim.
A guayabera
O modelito marajoara lembra a guayabera, camisa típica de Cuba feita de linho branco com quatro bolsos na frente. Em 2010, o então presidente Raúl Castro, irmão de Fidel, determinou que todas as autoridades cubanas do sexo masculino usassem a guayabera em eventos oficiais do governo. Espera-se que exigência semelhante não seja adotada em solo paraense, por mais icônica que seja a camisa marajoara.
CHICO NÃO DECOLA
Não decola nem com reza braba o candidato que o prefeito de Capanema, Chico Neto (MDB), escolheu para sucedê-lo nas eleições de 2024. O resultado da segunda pesquisa interna encomendada por Chico foi mais um banho de água fria nas pretensões do prefeito. O sujeito travou nos 4%. A continuar insistindo, o prefeito e o candidato dele vão morrer afogados nas urnas.
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