Os paraenses vão levar um choque no bolso quando receberem, em setembro, a conta de luz da Equatorial Energia. Nela já estará o aumento de quase 10% que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu na última terça-feira (15), mesmo dia em que um apagão deixou o Brasil no escuro. O aumento é retroativo a 7 de agosto, data-base para calcular o consumo de cada cliente da Equatorial. É um baita curto-circuito no bolso de muita gente.
Tropa de choque
A Equatorial, porém, não gostou da decisão da Aneel. Queria mais: 18,55% de aumento. O governador Hélder Barbalho pôs sua tropa de choque em campo. Conseguiu reduzir o “absurdo”. Helder promete continuar brigando na Justiça para que o reajuste tarifário caia ainda mais. O consumidor, porém, não vê luz no fim do túnel.
Feriado à luz de vela
O apagão no sistema elétrico brasileiro também apagou o feriado comemorativo aos 200 anos da Adesão do Pará à Independência do Brasil. Eventos culturais, que estavam programados em Belém e em inúmeros municípios, foram cancelados ou realizados à luz de velas – e até de lamparinas. Muitos municípios, porém, nem perceberam o apagão. Afinal, já se acostumaram a conviver com a falta de energia elétrica.
SANTARÉM SEM ÁGUA
Os moradores de Santarém estão que nem camelo no deserto: sem água. Com o verão amazônico, as águas sumiram das torneiras em diversos bairros. As reclamações desaguam na Cosanpa, que virou um poço de lamentações. Servidores da companhia em Santarém choram. Dizem que dependem da matriz em Belém até para comprar um copo d’água. Já a matriz devolve a bola. Diz que compete à filial de Santarém solucionar os problemas de (des)abastecimento da cidade.
Crise hídrica e política
A crise hídrica desaguou numa crise política. Vereadores de oposição apontam um culpado: Juca Pimentel, diretor da Cosanpa em Santarém. Ex-presidente do PT santareno, ele tem como madrinha política a deputada estadual petista Maria do Carmo, ex-prefeita da “Pérola do Tapajós”. As duas crises acabaram molhando a boa imagem que o governador Helder Barbalho tem no Tapajós. Passou da hora de fechar a torneira da crise.
Água em abundância
A contradição. Em território santareno está submersa parte da maior reserva de água doce do planeta: o Sistema Aquífero da Amazônia (Saga). É um gigantesco conjunto de rochas subterrâneas que armazenam e distribuem água da melhor qualidade. Esse aquífero se estende de Alter do Chão até o município de Assis Brasil, no Acre, na fronteira com o Peru. São mais de 162 mil metros cúbicos de água com capacidade para abastecer 7 bilhões de pessoas por 250 anos, segundo a Universidade Federal do Pará. Para explorar essa riqueza ou falta vontade política ou recursos – ou ambos. O que não pode faltar é água na torneira. Pauta oportuna para a COP30.
GAÚCHA AMAZÔNICA

A bela gaúcha Maria Brechane (foto) escolheu a floresta amazônica como tema para representar o Brasil no concurso Miss Universo 2023, que acontece em novembro em El Salvador. Para a candidata mais jovem da competição (19 anos), o Brasil e El Salvador têm muito em comum: cores, sabores, belezas naturais, alegria. “É um país super tropical, que tem muito a ver com o Brasil”, avalia. “Então vou bem brasileira, do jeitinho que eu gosto”. Vai, Maria! E volte coroada. A Amazônia torce por você.
PLACA INCÔMODA
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSol), mandou retirar uma placa de sinalização na entrada da cidade. Na placa estava escrito: “Bem-vindo a Belém. Faça silêncio. O prefeito está dormindo. Na eleição ele acorda”. Maldade.
FRASE DO DIA
“Belém é o tipo daquele irmão sem noção: só a gente pode falar mal. Se alguém falar mal dele, a gente quebra no soco”.
Saiba mais
A CAVALARIA CHEGOU
PEGA FOGO, CABARÉ!
DANÇA DAS CADEIRAS