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DESDE 2008

O prefeito de Edmilson Rodrigues (PSol), após a Cúpula da Amazônia, veiculou nas redes sociais enigmático vídeo em que tenta explicar o que não explicou: se é ou não candidato à reeleição. Na gravação, Ed admite que, numa entrevista concedida pós-evento, deixou a entender que não seria candidato. Mas em vez de esclarecer, confundiu. Não confirmou se concorrerá ou não. Disse apenas que tem o apoio do presidente Lula (PT) e do governador Hélder Barbalho (MDB). Também não esclareceu se esse apoio é para a realização da COP30 ou para a reeleição à Prefeitura de Belém. Enfim, falou tudo e não disse nada.

Cenário preocupa

O vídeo, contudo, sugere outra leitura. Edmilson demonstra estar bastante preocupado com o cenário político que se desenha pelo comando da capital em 2024. Hélder mantém relações cordiais com o prefeito por conta da COP 30, que acontecerá em Belém em 2025, um ano depois das eleições municipais.

Amizade não é amor

Mas a convivência cordial não significa que o governador apoiará candidato de partido de oposição, descartando companheiros do próprio MDB ou de agremiações aliadas. Edmilson sabe que amizade não é amor. Por isso, hoje pega carona na popularidade de Helder sabendo que amanhã terá o governador como adversário em Belém.

GRANA CURTA

O presidente Lula deu mais espaço ao Pará ao entregar o Ministério do Turismo ao deputado federal Celso Sabino (União). Mas pode guardar o guarda-chuva quem acredita que Sabino vai jorrar dinheiro no turismo paraense. A pasta tem menos de R$ 700 milhões para investir em 2023. Merreca que divide com o Ministério da Cultura. Repartida a grana entre os 26 estados e o Distrito Federal, sobra para cada unidade da federação menos de R$ 26 milhões. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo!

Sonhos de Sabino

A grana é pequena, mas o sonho é grande. Cargo de ministro dá status a quem o exerce. E como é da natureza de qualquer político, Sabino vai transformar o cargo num trampolim para alçar voos mais alto na política paraense. Como não precisará renunciar ao mandato, pode ser candidato à Prefeitura de Belém em 2024. Caso não vença, perde o ministério, mas continuará deputado. Mesmo perdendo, ganhará maior visibilidade na campanha municipal, o que alimentará o sonho de chegar ao Governo Pará em 2026. E por que não? Afinal, sonhar não custa nada.

MUDANÇA DE CAMPO

A diretoria do São Franscisco quer trocar Santarém, berço do clube, por Itaituba no Parazão 2024. Motivo: estão paradas a obras do Colosso do Tapajós, o estádio de futebol santareno. Mesmo que sejam retomadas, dificilmente serão concluídas em janeiro do próximo ano, quando começa a competição. É desejo da diretoria que os jogos em que o São Franscisco for o mandante sejam transferidos para o Estádio Municipal de Itaituba, a ser inaugurado em breve. Tudo depende da boa vontade de São Walmir Climaco (MDB), prefeito da “Cidade Pepita”.

Bom para (quase) todos

Se as preces da diretoria forem ouvidas, será bom para todos. Bom para o São Franscisco, que jogará num estádio novinho e em boas condições. Bom para o comércio e o turismo de Itaituba, que irão faturar com a presença de torcedores santarenos. É bom também para o futebol paraense, que apesar da paixão das torcidas, não anda bem das pernas. Perde, porém, Santarém. A cidade deixará de ser a casa dos jogos do São Franscisco.

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A reforma do Colosso do Tapajós é um jogo sem fim. Começou em novembro de 2021, quando o governador Hélder assinou ordem de serviço para reformar e ampliar a maior praça esportiva do Oeste do Pará. Investimento: R$ 94 milhões. Prazo de entrega: maio de 2023. Mas alguém pisou na bola e o jogo desandou. A empresa contratada para as obras saiu de campo. Fora do estádio ficaram os quatro times de futebol de Santarém: São Franscisco, São Raimundo, Tapajós e Amazônia. Ainda é mistério quando as obras serão retomadas e concluídas. Com a bola murcha, segue o jogo.