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DESDE 2008

Comandante do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea afirmou, em entrevista à CNN, que aeronaves entraram em áreas de exclusão

Cleber Rodrigues e Carolina Figueiredo, da CNN

A FAB (Força Aérea Brasileira) acionou os caças Super Tucanos e interceptou três aeronaves que invadiram o espaço aéreo durante a Cúpula do Brics, segundo o tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), em entrevista à CNN neste domingo (6).

“Elas foram orientadas a sair das áreas de exclusão e obedeceram a ordem. Os caças atuaram no sentido de acompanhar essas aeronaves. Eram voos que inadvertidamente entraram, talvez por uma inobservância, isso está sendo investigado, e escoltamos no sentido que saíssem das áreas previstas”, afirmou o comandante.

De acordo com ele, os voos eram da aviação geral e a FAB deve aprofundar investigações para entender o motivo da entrada das aeronaves no espaço restrito.

A FAB (Força Aérea Brasileira) intensificou o monitoramento do espaço aéreo durante a Cúpula do Brics, marcada para domingo (6) e segunda-feira (7), no Rio de Janeiro.

Segundo a FAB, as medidas seguem o mesmo protocolo adotado na Cúpula do G20, em 2024. Todas as aeronaves mobilizadas para a operação estarão equipadas com armamento real como parte do esquema de segurança aérea previsto para grandes eventos internacionais.

Durante a Cúpula, a FAB utiliza inclusive caças F-5M armados com mísseis para monitorar o espaço aéreo. Os mísseis são uma novidade no esquema de segurança aérea. De acordo com o comandante de Operações Aeroespaciais, tenente-brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, a medida visa reduzir o tempo de reação em caso de eventual ataque.

Além dos mísseis, o COMAE (Comando de Operações Aeroespaciais) vai ativar, ao redor do MAM (Museu de Arte Moderna), local que receberá o evento, “áreas de exclusão” uma hora antes e depois das reuniões.

O maior raio da região restrita é de 150 km, onde ficam proibidos voos de instrução, turísticos, acrobáticos, agrícolas, além de drones e parapentes.

Outras duas áreas de restrição mais próximas à Cúpula também foram estabelecidas:

  • Raio de 10 km: permitirá apenas voos de aeronaves envolvidas na organização ou participação na Cúpula;
  • Área de 1.350 x 955 m²: compreende o espaço entre o museu e o Aeroporto do Galeão, local de desembarque das autoridades. Nesta região, apenas o helicóptero de resgate da FAB poderá atuar.