Prefeitura apresenta projeto, mas demora na execução dos trabalhos deixa feirantes e permissionários com pé atrás. E a COP 30 é logo ali!
Autor:Pryscila Soares
sexta-feira, 16/02/2024, 07:46
Uma das principais obras de preparação da capital paraense para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-30), em 2025, é a reforma do Complexo Ver-o-Peso. Os quase 1.200 permissionários que atuam no espaço seguem aguardando com grande expectativa a execução das obras. Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Belém apresentou o projeto ao governo federal, em reunião na Casa Civil da Presidência da República.
À época, a prefeitura informou que a previsão para o início da reforma era março deste ano e que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já havia autorizado, uma vez que o complexo é tombado como patrimônio cultural e material desde 1977. Segundo a prefeitura, o encontro na Casa Civil garantiu a liberação de recursos do governo federal, na ordem de R$ 63 milhões, para serem destinados às obras.
Na ocasião, também foi informado pela prefeitura que a licitação da obra poderia ser concluída até o final do mês passado. Contudo, até o momento, o assunto gera dúvidas e incertezas aos trabalhadores do Ver-o-Peso, que desconhecem quando de fato as obras vão começar. A troca da lona de proteção dos boxes, revitalização do piso e a mudança do sistema elétrico estão entre as intervenções contempladas pelo projeto.
INCERTEZA
Proprietário de um box de descartáveis na feira do Ver-o-Peso, o autônomo Fabio Soares, 44, participou da última reunião convocada pela prefeitura para debater o assunto, no ano passado. Ele atua há 10 anos no complexo. “Estava esperando que a reforma saísse em março. Mas estou desacreditado disso. Na última reunião informaram que iam fazer por partes. Ia começar do estacionamento para cá. Mas até o momento ninguém informou mais nada. Está aquela interrogação ainda, né? Ninguém sabe onde as pessoas serão colocadas, se nas transversais ou em outro lugar”, disse.
Enquanto a reforma não vem, os feirantes seguem enfrentando antigos problemas no espaço. Para Fabio, a atual situação da feira é precária. “Está abandonada mesmo. Tem que trocar a eletricidade, a lona, o piso. Uma reforma geral. Desde quando colocaram essa lona, nunca apareceu ninguém da prefeitura para limpar. Limpeza, segurança e a estrutura da feira são as principais reclamações dos clientes. É muita intensidade de lixo e a prefeitura mandar lavar só uma vez na semana, às vezes não lava. Então, fica aquele odor. Muita gente se afastou e a tendência é piorar”, garante.
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