Blog Belem News

DESDE 2008

Foto divulgada em 2022 mostra um homem se movendo numa rua totalmente tomada por enchente, perto de uma pequena embarcação, no município de Marabá (Foto: Alex Ribeiro | Ag. Pará)

Confira a lista das 82 cidades do Pará que estão com risco de desastre ambiental

No Brasil, o governo federal mapeou 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações

O Liberal

Dos 144 municípios do Pará82 com risco de desastre ambiental, conforme um estudo coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O levantamento foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país.

No Brasil, o governo federal mapeou 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações, o que representa quase 35% do total dos municípios brasileiros.

Confira a lista das 82 cidades do Pará que estão com risco de desastre ambiental:

  • Abaetetuba
  • Acará
  • Água Azul do Norte
  • Alenquer
  • Almeirim
  • Altamira
  • Ananindeua
  • Anapu
  • Aveiro
  • Baião
  • Barcarena
  • Belém
  • Belterra
  • Bom Jesus do Tocantins
  • Bragança
  • Brasil Novo
  • Brejo Grande do Araguaia
  • Breves
  • Cachoeira do Arari
  • Cachoeira do Piriá
  • Capitão Poço
  • Castanhal
  • Chaves
  • Curuá
  • Dom Eliseu
  • Eldorado do Carajás
  • Gurupá
  • Ipixuna do Pará
  • Irituia
  • Itaituba
  • Itupiranga
  • Jacareacanga
  • Jacundá
  • Juruti
  • Marabá
  • Marituba
  • Medicilândia
  • Mocajuba
  • Mojuí dos Campos
  • Monte Alegre
  • Nova Esperança do Piriá
  • Nova Ipixuna
  • Novo Progresso
  • Novo Repartimento
  • Óbidos
  • Oriximiná
  • Pacajá
  • Palestina do Pará
  • Paragominas
  • Parauapebas
  • Placas
  • Ponta de Pedras
  • Porto de Moz
  • Prainha
  • Redenção
  • Rio Maria
  • Rondon do Pará
  • Rurópolis
  • Salinópolis
  • Salvaterra
  • Santa Cruz do Arari
  • Santa Maria das Barreiras
  • Santana do Araguaia
  • Santarém
  • Santo Antônio do Tauá
  • São Domingos do Capim
  • São Félix do Xingu
  • São Geraldo do Araguaia
  • São João de Pirabas
  • São João do Araguaia
  • São Miguel do Guamá
  • Senador José Porfírio
  • Soure
  • Terra Santa
  • Tomé-Açu
  • Trairão
  • Tucumã
  • Tucuruí
  • Uruará
  • Vigia
  • Viseu
  • Vitória do Xingu

Aumento na frequência de eventos extremos

Conforme o estudo, o aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vêm criando um cenário desafiador para todos os países, em especial para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil.

As áreas dentro dessas 1,9 mil cidades consideradas em risco concentram mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que representa 6% da população nacional.

O levantamento publicado em abril deste ano refez a metodologia até então adotada, adicionando mais critérios e novas bases de dados, o que ampliou em 136% o número dos municípios considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, o governo havia mapeado 821 cidades em risco desse tipo.

Quais os estados com mais áreas de risco?

Com os novos dados, sistematizados até 2022, os estados com a maior proporção da população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Já as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são Distrito Federal (0,1%); Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).

Populações pobres

As populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil, de acordo com a nota técnica do estudo.

“A urbanização rápida e muitas vezes desordenada, assim como a segregação sócio-territorial, têm levado as populações mais carentes a ocuparem locais inadequados, sujeitos a inundações, deslizamentos de terra e outras ameaças correlatas. Essas áreas são habitadas, de forma geral, por comunidades de baixa renda e que têm poucos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos desses eventos, tornando-as mais vulneráveis a tais processos”, aponta o documento.

O levantamento ainda identificou os desastres ambientais no Brasil entre 1991 e 2022, quando foram registrados 23.611 eventos, 3.890 óbitos e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados decorrentes de inundações, enxurradas e deslizamentos de terra.

Recomendações

nota técnica do estudo faz uma série de recomendações ao Poder Público para minimizar os danos dos desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema.

“É fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz o estudo, acrescentando que o Novo PAC pode ser uma oportunidade para melhorar a gestão de riscos e desastres no Brasil.

“[A nota técnica deve] subsidiar as listas dos municípios elegíveis para as seleções do Novo PAC em prevenção de risco: contenção de encostas, macrodrenagem, barragens de regularização de vazões e controle de cheias, e intervenções em cursos d’água”.