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O crustáceo azul, identificado como “camarão-da-Malásia”, tem sido cada vez mais alvo dos pescadores do município de Barcarena, nordeste paraense. A presença do animal preocupa, pois ameaça a existência de espécies locais

Autor:Alexandre Nascimento
Fonte:CNN Brasil
 29/01/2025, 23:30

Nos rios de Barcarena, nordeste paraense, uma nova descoberta tem despertado a curiosidade de pescadores e intrigado especialistas. Entre redes e anzóis, um crustáceo de proporções incomuns e coloração azulada tem sido frequentemente capturado na região, gerando espanto e questionamentos sobre sua origem e impacto ambiental.

O animal em questão, segundo especialistas, é o camarão-da-Malásia, uma espécie exótica que se diferencia do camarão regional tradicionalmente pescado na área.

O Macrobrachium rosenbergii, nome científico do crustáceo, pode atingir até 32 cm de comprimento e pesar cerca de 1 kg. Sua aparência imponente, marcada por patas longas, corpo acinzentado e cauda azulada, tem levado muitos pescadores a compará-lo com o lagostim.

A presença do camarão gigante tem sido amplamente registrada nas redes sociais, onde pescadores compartilham imagens do animal ao lado de mãos e até cabeças humanas para ilustrar seu tamanho impressionante.

Apesar do fascínio inicial causado pelo tamanho e aparência do camarão, especialistas alertam para os riscos ecológicos da presença dessa espécie exótica no ecossistema local.

Camarão grande e azul encobre cabeça dos pescadores, em Barcarena
(Foto: Reprodução/TikTok @allandavid141

Segundo o biólogo Victor Hugo Costa, ouvido pela CNN Brasil, o crustáceo se alimenta de outros camarões e pequenos organismos aquáticos. A ausência de um predador natural também contribui para uma reprodução descontrolada no ecossistema, ameaçando a existência das espécies locais.