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DESDE 2008

Competição reuniu corredores de diferentes modalidades. O importante foi participar | Foto: Mauro Ângelo / Diário do Pará

Aventura e velocidade marcam a 26ª edição do Rallye do Sol

No último sábado, foi realizada a 26ª edição do Rallye do Sol, que percorreu 320 km até a praia do Maçarico, em Salinas. Competição se tornou tradicional por reunir amigos, familiares e até pilotos novatos

segunda-feira, 31/07/2023, 08:01

-Autor:Tylon Maués/ Diário do Pará

De Benevides a Salinópolis, 220 veículos entre motocicletas, carros, quadriciclos e UTVs (veículos utilitários multitarefas) participaram do 26ª Rallye do Sol, competição off-road mais tradicional da Região Norte, no último sábado (29). Os participantes “ignoraram” os 185 quilômetros por estrada, preferindo os aproximadamente 320 km por terra, areia, mata fechada, igarapés e lama, muita lama.

Os que primeiro saíram do ponto de largada chegaram às 16 horas na praia do Maçarico, em Salinas, onde foi feita a premiação. O Rallye do Sol é promovido por Fepauto e Fepam e conta com a parceria do Grupo RBA para a divulgação e transmissão do evento.

Antônio Neto, organizador do RdoS e vice-presidente da Federação Paraense de Automobilismo (Fepauto) e presidente da Fepam (Federação Paraense de Motobilismo), comentou também sobre o caráter social do evento, cujo evento atravessa vários municípios e localidades da região do salgado.

“Já tivemos locais em que essas comunidades foram culminâncias do Rallye. É uma festa, é como essas pessoas verem pela primeira vez um carro de Fórmula 1, por exemplo. Queremos sempre envolver as prefeituras e as comunidades. Esse ano começamos mais tarde para que a população de Benevides pudesse prestigiar a largada”.

Mesmo com as dificuldades do circuito, o rallye é aberto a participantes de todos os níveis, desde amadores até profissionais. Para os iniciantes foi realizado um workshop no dia 27 de julho, dois dias antes do evento, no Theatro do Shopping Bosque Grão Pará, na avenida Centenário.

Entre os vencedores, Lutjens Barbosa de Oliveira, de 53 anos, levou o troféu da categoria “Street Livre A” tendo a filha Sthefannie, de apenas 15 anos, como navegadora. Se Lut, como é conhecido, é um veterano do evento, a vitória desse ano marcou a estreia da nova companheira em seu Fiat UNO 1.3 ano 2011, que chamava atenção por onde passava.

“É minha primeira experiência no rallye. Ainda estou aprendendo a dirigir e quando tiver minha carteira vou competir, mas como piloto. Quem sabe com meu pai como navegador”, brincou Sthefannie, sob o olhar orgulhoso do pai, mas sem confirmar a ela se vai dar a poltrona do motorista.

SATISFAÇÃO

Primeiro lugar na categoria “Novatos”, o advogado Manoel Danilo do Nascimento, 50, teve sua primeira experiência no evento após anos em trilhas. Para ele, participar de competições off-road têm uma consequência natural em sua vivência no dia a dia. “A satisfação não tem preço. Fazer o que se gosta relaxa, mesmo com toda adrenalina. É um esporte radical, mas feito com responsabilidade e organização”.

O caráter competitivo é levado muito a sério, mas o rallye é também é um momento de desafios. Os primos Danilo de Araújo, 29, e Neto Mendes, 30, ambos mecânicos de Capitão Poço, utilizam um Chevrolet Cobalt na competição, um automóvel longe de ser um off-road que eles mesmo realizaram pequenas alterações, levantando a suspensão e trocando os pneus. É o carro que Danilo usa no dia a dia e que encara os desafios.

“Há dez anos participamos do Rallye do Sol e sempre com o meu carro de passeio, encarando lama e igarapés. Muita gente duvida que o carro vai passar e nós escolhemos até os locais mais fundos para passar”, conta Danilo.