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Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Licença do mandato de Eduardo Bolsonaro na Câmara dos Deputados termina neste domingo

Por Luiz Felipe Barbiéri, g1 — Brasília

 

A licença que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu à Câmara termina neste domingo (20) e o parlamentar passará a ter faltas contabilizadas caso não justifique suas ausências.

Eduardo tirou 120 dias de licença e teve outros dois dias de ausência justificados como ‘tratamento de saúde’.

O anúncio veio uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu pela participação em uma tentativa de golpe de estado em 2022.

Eduardo não é alvo do processo, mas ao anunciar a licença, fez crítica ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal.

Perda do mandato

A Constituição estabelece como uma das hipóteses de perda do mandato ausências não justificadas a um terço das sessões ordinárias da Casa.

Uma delas é promover alterações regimentais que permitam sua permanência nos Estados Unidos.

Outra hipótese é permitir uma renovação de licença parlamentar por ano por mais 120 dias.

Inquérito

A mudança temporária para os EUA já rendeu ao deputado uma investigação. A Procuradoria Geral da República (PGR) apura se o parlamentar teria praticado três crimes:

  • coação no curso do processo;
  • obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

De acordo com os procuradores, o deputado teria atuado nos EUA contra autoridades brasileiras.

As ações, segundo o órgão, também teriam como objetivo interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro.

Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras, Bolsonaro relacionou a retirada das sanções à possibilidade de ser anistiado no Brasil.

Licença do mandato

Em março, Eduardo anunciou que iria se licenciar do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos, onde está desde o final de fevereiro.

Ao anunciar a decisão, ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo inquérito que investiga o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.

O parlamentar fez o anúncio numa rede social, uma semana antes do julgamento no STF que tornou o pai dele réu.