Partido quer mais espaço no governo federal e, no caso dos Correios, conta com apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para trocar atual presidente da estatal – indicado pelo Grupo Prerrogativas.
Apresentadora do Estúdio i, na GloboNews.
Em meio a crise da base com o governo federal, o União Brasil voltou a turbinar a pressão nos bastidores por mais espaços e cargos . Entre os focos principais, estão Correios e Banco do Brasil.
No caso dos Correios, existe uma pressão para usar como pretexto o fim do mandato do atual presidente, Fabiano Silva, em agosto. Fabiano é um nome indicado por alas do PT e, principalmente, por Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas – grupo formado por advogados, juristas, artistas e professores que têm apoiado Lula e o PT desde as eleições de 2022.
No relato de petistas ouvidos pelo blog, o União Brasil conta com apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tirar o atual presidente dos Correios.
Outro pretexto usado por quem defende que Lula ceda à pressão é que os Correios, por estar vinculado ao ministério das Comunicações, deveria estar sob comando do partido que comanda a pasta – justamente o União Brasil.
Segundo o blog apurou, Fabiano Silva já vinha dizendo a interlocutores que não estaria disposto a renovar seu mandato depois de agosto.
Além dos Correios, o Banco do Brasil também voltou a entrar na mira do partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Atual gestora, Tarciana Medeiros tem excelente relação com o presidente da República e é muito elogiada por sua atuação à frente do banco. Mas os partidos do Centrão estão de olho na vaga da presidente do banco.
Alcolumbre quer, também, a saída de Alexandre Silveira (PSD) do Ministério de Minas e Energia.
Crise na base aliada
Na semana passada, durante o auge da crise dos partidos aliados com o governo federal, Lula tomou a iniciativa e conversou com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda.
O partido tem três ministérios no governo (além das Comunicações, comanda a Integração e Desenvolvimento Regional e o Turismo), mas nem isso é suficiente para garantir o apoio a matérias importantes para o Planalto.
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