O projeto, desenvolvido pelos pesquisadores, Nélio Teixeira Machado, José Geraldo de Andrade Pacheco Filho e Sérgio Duvoisin Jr, visa a sustentabilidade desses caroços nos Estados do Pará e Amazonas com foco principal na produção de bio-oleos, compostos ativos, gasolina, querosene, diesel verde, bio-carvão e ligamentos para asfalto.
quinta-feira, 03/08/2023, 08:25
Autor:Marli Portilho- DOL
Nativo da região amazônica, o açaí é um fruto oriundo da palmeira (Euterpe oleácea Mart) e seu fruto é muito consumido pelas famílias principalmente da região Norte do Brasil. O fruto apresentando também valor social, cultural e nutricional, além de potencial de comercialização regional e internacional.
A exploração do açaí, por mais que seja benéfica e geradora de renda e emprego, tem uma potencialidade nociva, cujo aumento da produção/exploração gera maior acúmulo de resíduos sólidos e orgânicos, que neste caso é o caroço de açaí, são muitas vezes não utilizados e descartados de forma irregular no meio-ambiente.

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com as Universidades Rural da Amazônia (FRA), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade do Estado do Amazonas (UE-MA) decidiam investir em uma pesquisa que pode fazer o aproveitamento desses resíduos de caroços de açaí (Euterpe oleácea Mart e tucumã (Astrocaryum Aculeatum) em biocombustíveis.
O projeto, desenvolvido pelos pesquisadores Nélio Teixeira Machado, da Fundação Amazônia de Amparo a Pesquisas e Estudos (UFPA- FAPESPA), José Geraldo de Andrade Pacheco Filho, da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e Sérgio Duvoisin Jr, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas(FAPEAM) ,visa buscar projetos de sustentabilidade desses caroços nos Estados do Pará e Amazonas, com foco principal na produção de bio-óleos, compostos ativos, gasolina, querosene, diesel verde, bio-carvão e ligamentos para asfalto.
O projeto busca transformar os resíduos em outros produtos através da tecnologia de pirólise, isto é, o aquecimento de sementes e cascas em atmosfera deficiente em oxigênio, modificando a estrutura química destes materiais e produzindo três produtos: carvão, bio-óleo (aquoso e orgânico) e gás combustível.

Para a produção de energia, esta tecnologia já é comumente utilizado na produção de carvão vegetal. Entretanto, novas possibilidades estão sendo levantadas na aplicação destes produtos, como a utilização dos carvões (após tratamento prévio ou posterior à etapa de pirólise) como adsorvente aplicado ao tratamento de água na remoção de componentes tóxicos e/ou metais.
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