Da Redação
7 de agosto de 2023
O total de R$ 4,5 bilhões é o volume de recursos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pretendem investir da região Norte por meio do Programa de Acesso ao Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Pequenos Empreendedores (Pró-Amazônia).
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7) pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que está em Belém para participar da Cúpula da Amazônia, encontro que reunirá presidentes dos países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O encontro será aberto nesta terça-feira (8) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vai até amanhã.
Floresta em pé
Mercadante disse que o objetivo da carta de intenções assinada entre o BNDES e o BID é proporcionar recursos para implementar o Pró-Amazônia, buscando a “geração de emprego, renda e alternativas para uma economia sustentável, criativa, de inovação e uma economia que mantenha a floresta em pé”. Para isso, segundo Mercadante é preciso gerar pesquisa e produtos que desenvolvam a bioeconomia da região.
O programa ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), órgão interministerial, e pelo Senado Federal. “Até o final de setembro, no mais tardar no início de outubro, nós teremos o portal da transparência desses projetos”, afirmou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. “Qualquer cidadão, a imprensa e a sociedade civil vão poder entrar no sistema”.
Lugar para todos
Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou da solenidade da assinatura do acordo, enfatizou que mudar o modelo de desenvolvimento “não é fácil”. Defendeu que para reduzir o desmatamento da Amazônia não basta realizar operações policiais. É preciso, segundo ela, “ações de desenvolvimento sustentável”.
“A Amazônia tem lugar para todas as atividades”, ressaltou a ministra. “Tem lugar para o agronegócio de base sustentável, tem lugar para o turismo, tem lugar para o extrativismo, tem lugar para os povos indígenas, tem lugar para bioeconomia”.
Coalizão Verde
Ainda hoje em Belém também foi lançado o programa Coalização Verde, aliança internacional reunindo 19 banco de desenvolvimento dos países da Bacia Amazônica, tendo à frente o BID e BNDES. A aliança visa promover iniciativas de longo prazo voltada ao desenvolvimento sustentável da região.
Entre os programas a serem incentivados pelo BNDES estão o Fundo Amazônia e o Floresta Viva, este destinado à produção de energia limpa na região. Já o BID responde pelo programa Amazônia Sempre, que objetiva ampliar o financiamento e estimular política públicas que acelerem o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Saiba mais
Grupo pesca peixe gigante de 80 kg e dois metros de comprimento em rio na Bahia
Nunes larga na frente e tem 53% contra 39% de Boulos em SP
Astronauta divulga foto de São Paulo à noite vista da Estação Espacial Internacional