Agricultura familiar da Amazônia ganha Plano Safra

Programa do governo federal prevê investimentos de R$ 5,5 bilhões na região, sendo R$ 1,6 bilhão destinados ao Pará

Da Redação
5 de agosto de 2023

O Plano Safra da Agricultura Familiar na Amazônia foi lançado neste sábado (5) pelo governo federal durante o evento “Diálogos Amazônicos”, que acontece até amanhã em Belém com a presença de ministros e governadores da região. Para todas as regiões brasileiras, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023-2024 prevê investimentos de R$ 77 bilhões, dos quais R$ 5,5 bilhões são destinados aos estados do Norte.

Os estados contemplados são: Rondônia (R$ 2.991.550.903.95), Pará (R$ 1.631.443.450,53), Acre (R$ 411.970.984,35), Tocantins (R$ 256.878.139.59), Roraima (R$ 137.258.198,81), Amazonas (R$ 76.204.838,79) e Amapá (R$ 10.862.631,85), segundo o A equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que coordena o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, explicou que “além de apoiar as cooperativas, queremos financiar a agroindústria para o açaí, o café, o maracujá, a laranja para agregar valor à produção familiar. E fazer uma luta para que tenha água, energia solar e cobertura de internet”. O programa prevê ainda a compra de máquinas agrícolas, ampliação do microcrédito produtivo e mais crédito às mulheres do campo.

Mudanças no microcrédito

O Plano Safra também estabeleceu mudanças no microcrédito produtivo. A renda familiar máxima para classificação do agricultor de baixa renda foi ampliada de R$ 23 mil para R$ 40 mil. “É um grande esforço do Governo Federal”, disse Fernanda Machiaveli, secretária executiva do MDA, que apresentou as principais diretrizes do Plano Safra. Ela lembrou que o Banco Central, nesta semana, reduziu a taxa básica de juros para 13,5% após críticas do presidente  Luiz Inácio Lula da Silva.

Para liderança de movimentos sociais da região, o Plano Safra da Amazônia é uma conquista. “Esperamos que sua implementação seja de fato uma prioridade e que as ações cheguem a todas as populações do campo”, disse Cleidiane Vieira, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB).

O evento “Diálogos Amazônicos” antecede a reunião da Cúpula da Amazônia, que será aberta pelo presidente Lula na próxima terça-feira (8) em Belém. O evento contará com a participação de presidentes dos países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

BlogBelém com informações da Agência Brasil de Notícias