Popular Tags:

Presença de Bolsonaro em ato contra a democracia causa mal-estar na ala militar do governo

20 de abril de 2020 at 07:12
TOPO

Por Gerson Camarotti

Comentarista político da GloboNews, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e da CBN. É colunista do G1 desde 2012

Causou um grande mal-estar entre integrantes da ala militar do governo a fala do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (19) para manifestantes que pediam a intervenção militar em um ato na frente do Quartel General do Exército, em Brasília, por dois motivos.

Primeiro, por colocar as Forças Armadas numa situação de constrangimento ao participar de um ato contra a democracia.

Segundo, por estar presente em uma aglomeração de pessoas, algo que vai de forma contrária ao que têm pregado todas as autoridades sanitárias internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), e, inclusive, o Ministério da Saúde, para o combate à propagação do coronavírus.

De acordo com relatos ao Blog, até mesmo generais já demonstraram incômodo para os colegas que participam do governo.

Ministros do núcleo próximo ao presidente Jair Bolsonaro também externaram surpresa com o gesto dele e temem que esse tipo de conduta acabe aumentando o isolamento dele.

Ao Blog, um influente general ressaltou “que as Forças Armadas estão imunizadas contra o vírus antidemocrático”.

Pai mata filha que desviou milhões de empresa; vítima implorou pela vida

18 de abril de 2020 at 16:31

Com informações do portal Istoé

Um desfalque teria ocasionado a barbárie

Um desfalque teria ocasionado a barbárie | Reprodução

Uma empresária de 45 anos foi morta a tiros pelo próprio pai, de 72 anos, na sexta-feira (17), porque, segundo investigações da polícia, a vítima teria desviado cerca de R$ 2 milhões de um comércio que tinha junto ao pai. O caso ocorreu na cidade de Aparecida de Goiânia, em Goiás. 

De acordo com informações da Polícia Civil de Goiás, a vítima – Yara Maeve Teixeira de Faria –  foi morta dentro da empresa que ela administrava. Testemunhas afirmam que ela chegou a implorar para que o pai, José Maria Alves de Faria, não a matasse. 

“Pai, não faça isso, eu te amo”, teria dito a filha, antes de o pai disparar, relatou uma funcionária que estava na empresa. A testemunha ainda correu para pedir ajuda, mas, ao chegar ao local do crime, Yara já tinha sido baleada.

Em depoimento à polícia, José disse que não se lembrava do que aconteceu no momento do crime. Ele explicou que tinha uma empresa com a filha e ela teria desviado o montante com a ajuda de outra funcionária. Desde então, as brigas entre eles se tornaram frequentes.

“Ele disse que ficou em dificuldades financeiras. Os dois romperam a sociedade, e a vítima teria aberto uma nova empresa e levado todos os clientes”, afirmou o delegado Álvaro Melo Bueno, da Polícia Civil de Goiás.

O acusado foi encontrado na rodovia GO-060, no município de Trindade, dirigindo sem rumo definido. Ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado e encaminhado ao presídio de Aparecida de Goiânia.


Para 64%, Bolsonaro ‘agiu mal’ ao demitir Mandetta, diz Datafolha

18 de abril de 2020 at 08:25

Pesquisa foi divulgada nesta sexta (17), um dia após presidente ter demitido ministro da Saúde. Para 25%, Bolsonaro ‘agiu bem’. Margem de erro é de três pontos percentuais.

Por Filipe Matoso, G1 — Brasília

Pesquisa do instituto Datafolha publicada nesta sexta-feira (17) pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” revela os seguintes percentuais de aprovação e rejeição à demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde:

  • ‘Presidente agiu mal’: 64%
  • ‘Presidente agiu bem’: 25%
  • ‘Não sabe’: 11%

Conforme a “Folha”, o instituto ouviu 1.606 pessoas por telefone, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A demissão foi anunciada nesta quinta (16), por Mandetta, em uma rede social. Em seguida, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no Palácio do Planalto no qual anunciou o oncologista Nelson Teich como novo ministro.

No pronunciamento, Bolsonaro comparou a demissão de Mandetta a um “divórcio consensual“. Na sequência, Teich também fez um pronunciamento no qual disse ter “alinhamento total” com o presidente da República.

Ainda de acordo com o Datafolha, os entrevistados também deram as seguintes respostas sobre:

“Avaliação do desempenho de Bolsonaro em relação ao surto de coronavírus”:

  • ‘Ótimo/bom’: 36%
  • ‘Regular’: 23%
  • ‘Ruim/péssimo’: 38%
  • ‘Não sabe’: 3%

“A condução da emergência sanitária pelo Ministério da Saúde sem Mandetta irá”:

  • ‘Melhorar’: 32%
  • ‘Piorar’: 36%

Pará registra mais seis óbitos por coronavírus nesta sexta-feira (17). Casos confirmados somam 627

18 de abril de 2020 at 08:08

Julyanne Forte

DOL

Fotos Públicas

Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou, na noite desta sexta-feira (17), mais seis óbitos pelo novo coronavírus no estado. No total, 32 mortes foram registrada no Pará.

Sespa Pará@SespaPara

Confirmamos mais seis óbitos por Covid-19.

Homem, 68 anos, de Ananindeua.
Homem, 47 anos, de Belém.
Homem, 67 anos, de Belém.
Homem, 48 anos, de Parauapebas.
Homem, 72 anos, de Parauapebas.
Homem, 55 anos, de Santarém.

Agora são 32 óbitos registrados no Pará.1.51219:43 – 17 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads312 pessoas estão falando sobre isso

No último boletim divulgado, a Sespa Confirmou mais 70 casos de covid-19. Agora são 627 casos confirmados no Pará.

Sespa Pará@SespaPara

Confirmamos mais 70 casos de covid-19. Agora são 627 casos confirmados no Pará.

Ver imagem no Twitter

1.47120:18 – 17 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads469 pessoas estão falando sobre isso

Até a 00h30, eram 557 casos confirmados de covid-19 no Pará, 1.407 casos descartados, 244 casos em análise e 26 óbitos. 

Consumo de carne de qualidade é fundamental para a saúde

17 de abril de 2020 at 17:45

Crystine Vasconcelos

DOL

Fazenda Três Marias, onde o cuidado com a criação do gado é de suma importância.

 Fazenda Três Marias, onde o cuidado com a criação do gado é de suma importância. | Divulgação Ouça esta reportagem 

Em tempos em que o cuidado com a saúde é cada vez mais necessário, a importância de uma boa alimentação é indiscutível.

Neste panorama, o consumo de carne é muitas vezes fundamental, já que é a fonte principal de proteínas, ferro e zinco. Se for consumida sem exageros, a carne vermelha reduz problemas como doenças do coração e até diabetes.

Para isso, qualidade do gado e da carne é fundamental no Pará, algo que se destaca na Fazenda Três Marias, de Castanhal e de São Francisco do Pará, que faz parte do grupo Líder, com a criação e engorda de gado das raças de primeira linha Nelore e Aberdeen Angus. A excelência na segurança alimentar e a informação a respeito da origem da carne consumida é de suma importância, pois é ela que garante a inocuidade do produto.

A Fazenda Três Marias com seus 2.800 hectares de área preservadas, com rios, lagos naturais e rica fauna, onde o gado é engordado e  criado. Isso consiste em um resultado de um processo de recria, abate e transporte com qualidade que o Líder oferece em todas as suas empresas.

E é por conta disso que ao comprar a carne, o consumidor deve saber que está levando para casa um produto de origem segura e confiável. Estas informações garantem que o produto foi inspecionado por um médico veterinário, e que seu consumo está dentro das condições adequadas de conservação e higiene e de que não apresentam risco à saúde, apenas bons nutrientes e um ótimo sabor.

Bolsonaro demite o presidente do CNPq, órgão de fomento à pesquisa

17 de abril de 2020 at 14:35

FOLHAPRESS

 João Luiz Filgueiras de Azevedo só soube da demissão após  publicação do ato no Diário Oficial da União desta sexta (17).

João Luiz Filgueiras de Azevedo só soube da demissão após publicação do ato no Diário Oficial da União desta sexta (17). | Marcelo Gondim/CNPq

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu nesta sexta-feira (17) o presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), João Luiz Filgueiras de Azevedo.

Azevedo, que vinha combatendo o esvaziamento do órgão promovido pelo governo, não foi avisado com antecedência de sua demissão e soube da exoneração após a publicação do ato no Diário Oficial da União desta sexta.

Quem assume o órgão é o pesquisador Evaldo Ferreira Vilela, ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa).

O CNPq é ligado ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), pasta comandada por Marcos Pontes. O órgão é responsável pelo fomento da produção científica no país, com financiamento a projetos e a pesquisadores. Até o ano passado, o CNPq pagava 84 mil bolsas.

Sob a gestão de Pontes, o órgão perdeu prestígio na relação institucional dentro da pasta e foi rebaixado hierarquicamente. Azevedo despachou pessoalmente com o ministro raras vezes.

O CNPq também sofreu esvaziamento orçamentário do órgão. No ano passado, o governo só conseguiu recursos para o pagamento das bolsas no fim do ano, e o montante destinado à compra de equipamentos, por exemplo, teve forte redução. Em 2020, o MCTIC preteriu o CNPq na distribuição de recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

O ministério também excluiu, em portaria de março, as ciências humanas das prioridades de projetos de pesquisa no CNPq até 2023. Questionado na ocasião pela Folha, o conselho respondeu que só seguiria as determinações da pasta.

Depois da má repercussão da medida entre a comunidade científica, a pasta editou novo ato que restabeleceu, em parte, as ciências humanas no escopo das prioridades. Azevedo não se posicionou publicamente contra a exclusão, mas internamente defendia que o CNPq se mantivesse como uma agência forte e independente.

O MCTIC não respondeu aos questionamentos da Folha. A reportagem procurou João Azevedo, que disse ter sido pego de surpresa com a exoneração mas não fez outros comentários.

Também no Diário Oficial da União desta sexta foi publicada a nomeação da nova secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Ilona Becskeházy. O titular anterior do cargo, Janio Macedo, pediu demissão após desgaste com o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

50 dias do novo coronavírus: compare a situação do Brasil com China, Itália, EUA e outros países no mesmo período da epidemia

17 de abril de 2020 at 08:19

Confirmação do primeiro caso da doença Covid-19 no Brasil completa 50 dias nesta quinta-feira (16).

Por Fabio Manzano, G1

A confirmação do primeiro caso do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil completa 50 dias nesta quinta-feira (16). Desde o registro inicial, o país chegou a mais de 28 mil infectados e ultrapassou os 1.736 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde.

primeira morte por Covid-19 no Brasil aconteceu em 16 de março, em São Paulo. Nas quatro semanas seguintes, todos os estados do país já haviam registrado mortes.

Assim como o Brasil, outros países viram o número de casos e mortes aumentar nos primeiros 50 dias do surto e tomaram medidas para conter o avanço, em maior ou menor grau:

  • Com medidas duras, a China conseguiu estabilizar o surgimento de novos casos depois de 50 dias.
  • Com quarentena menos rígida no início da epidemia, a Itália viu o seu número de mortos ultrapassar o da China.
  • Alemanha demorou mais tempo que a Itália para colocar em práticas medidas de distanciamento social, mas a boa preparação do seu sistema de saúde ajudou a garantir uma letalidade mais baixa.
  • Com grande densidade populacional, a Coreia do Sul conseguiu fazer um bom controle dos casos nos 50 primeiros dias, mas a doença continua avançando.
  • Os EUA demoraram a implementar ações de isolamento e, quando foi feita uma testagem em massa, o país apareceu como o novo epicentro da doença no mundo.
  • Quando a Espanha se tornou um dos países mais afetados pela Covid-19, o governo espanhol decidiu decretar emergência e tornar o isolamento obrigatório.

Avanço do coronavírus nos países

PaísInfectados após 50 diasMortos após 50 diasInfectados até 15/04Mortos até 15/04
China75.1012.23983.7513.474
EUA1.28136636.35028.326
Itália47.0214.032165.15521.645
Espanha25.3741.375177.64418.708
Brasil28.3201.73628.3201.736
França3.66179133.47017.167
Alemanha1.9083134.7533.804
Japão639158.100146
Coreia do Sul8.2367510.591225

Fonte: Johns Hopkins University

Veja abaixo as curvas de casos e mortes nos países com as taxas calculadas por 100 mil habitantes. Essas taxas mostram o efeito do vírus em países menos populosos, como Alemanha (83 milhões), Itália (60,3 milhões de habitantes), Coreia do Sul (51 milhões) e Espanha (47 milhões), em comparação com China (1,4 bilhão) e EUA (329,5 milhões) e Brasil (210 milhões).

Gráfico mostra a taxa de mortes nos 50 primeiros dias de epidemia em cada um dos países — Foto: G1

Gráfico mostra a taxa de mortes nos 50 primeiros dias de epidemia em cada um dos países — Foto: G1

Curva de contágio nos 50 primeiros dias de epidemia — Foto: G1

Curva de contágio nos 50 primeiros dias de epidemia — Foto: G1

Os números de confirmações de casos de coronavírus e de mortes por Covid-19 foram compilados pela Universidade Johns Hopkins. O primeiro registro feito na plataforma da instituição de ensino foi em 22 de janeiro, quase um mês após o primeiro alerta da OMS para uma pneumonia desconhecida em Wuhan, na China.

Pesquisadores que acompanham o surto de coronavírus pelo mundo (leia mais abaixo) fazem a ressalva de que o índice de casos confirmados nos países depende da política de testes adotada em cada um deles – e também da quantidade de equipamentos à disposição. Além disso, os especialistas reforçam que cada país tem um cenário específico de combate à pandemia e que medidas de contenção têm que levar em conta as especificidades locais.

Veja, abaixo, os marcos dos 50 dias de Covid-19 em cada país:

Casos de coronavírus no Brasil — Foto: G1

Casos de coronavírus no Brasil — Foto: G1

Casos de coronavírus na China  — Foto: G1

Casos de coronavírus na China — Foto: G1

Casos de coronavírus na Itália — Foto: G1

Casos de coronavírus na Itália — Foto: G1

  • 31 de janeiro: Itália registra os dois primeiros casos; no mesmo dia, o governo suspende os voos com origem e destino da China.
  • 21 de fevereiro: Itália confirma sua 1ª morte por Covid-19; país totaliza 17 casos da doença
  • 22 de fevereiro: governo declara toque de recolher somente na Lombardia, região que fica ao norte do país e é a mais afetada pelo surto; medida afeta 11 cidades e população em torno de 50 mil pessoas.
  • 24 de fevereiro: primeiro-ministro Giuseppe Conte suspende decreto do governador da região de Marche que previa fechamento de escolas e proibia aglomerações; o premiê italiano argumentou que esse tipo de ação descentralizada “contribuía para gerar o caos”. Na mesma época, o governador da Lombardia decreta o fechamento de bares e restaurantes, medida também anulada pelo governo central de Roma.
  • 29 de fevereiro: Itália completa 1 mês dos primeiros registros do novo coronavírus e tem 1.128 casos e 29 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins e a OMS. A taxa de letalidade é de cerca de 2%.
  • 8 de março: Itália decidiu isolar toda a região da Lombardia, afetando cerca de 16 milhões de pessoas. No dia seguinte, o isolamento foi estendido para todos os 60 milhões de habitantes do país.
  • 19 de março: o número de mortos na Itália ultrapassa o da China.
  • 20 de março: Quando completou 50 dias desde o primeiro caso identificado da doença, a Itália já contabilizava 47.021 casos e 4.032 mortes, no dia seguinte, em 21 de março, os italianos tiveram o pico de mortes em apenas um dia, com 793 registros.
  • 22 de março: O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ter errado ao apoiar a campanha “Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia de coronavírus na Itália.
Casos de coronavírus na Espanha — Foto: G1

Casos de coronavírus na Espanha — Foto: G1

  • 1 de fevereiro: a Espanha registrou seu primeiro caso de coronavírus. O paciente era um turista que visitava o arquipélago das Canárias, território espanhol no atlântico.
  • 27 de fevereiro: é registrado o primeiro caso em Madri.
  • 1 de março: 30 dias após a confirmação do primeiro paciente com Covid-19 em território espanhol, o país registrava apenas 84 casos e nenhuma morte.
  • 13 de março: a comunidade autônoma da Catalunha decreta isolamento total da região para conter o avanço da doença.
  • 14 de março: A Espanha decretou estado de emergência e torna o isolamento obrigatório. O país registrava 5.753 infectados e 136 mortos.
  • 21 de março: Com 50 dias desde o primeiro contato com o novo coronavírus, o país ibérico disparou com 25.374 casos confirmados de Covid-19 e ao menos 1.375 mortes.
  • 25 de março: a Espanha se tornou o segundo país com maior número de mortes por coronavírus, atrás apenas da Itália.

Alemanha

Casos de coronavírus na Alemanha — Foto: G1

Casos de coronavírus na Alemanha — Foto: G1

  • 27 de janeiro: a Alemanha registrou seu primeiro caso de um paciente com infecção pelo novo coronavírus, na Baviera. Autoridades de saúde reconheceram que o caso também foi o primeiro de transmissão interna, já que o paciente não tinha histórico de viagem para o exterior.
  • 25 de fevereiro: ao completar 1 mês desde o primeiro registro de coronavírus no país, a Alemanha ainda acumula 17 confirmados e nenhuma morte.
  • 16 de março: o país completa 50 dias desde o primeiro caso e registra 7.272 casos confirmados de coronavírus e 17 mortes.
  • 22 de março, o governo de Berlim decreta que encontros em público com mais de duas pessoas no país estavam proibidos. O país registrava ainda 94 mortes.
Casos de coronavírus nos EUA — Foto: G1

Casos de coronavírus nos EUA — Foto: G1

Casos de coronavírus na Coreia do Sil — Foto: G1

Casos de coronavírus na Coreia do Sil — Foto: G1

  • 20 de janeiro: registra o primeiro caso do novo coronavírus. Ainda no início do surto: governo sul-coreano começa a rastrear os possíveis focos de transmissão no país, com monitoramento de casos suspeitos; também estabelece quarentena para todas as pessoas que chegam de Wuhan, na China
  • Outras medidas aplicadas: testes em massa da população; isolamento de infectados; rastreamento de suspeitos por imagens de videovigilância, cartão de crédito ou celular; envio de SMS à população da área perto de onde é confirmado um caso; incentivo a home office; limpeza e desinfecção de algumas das principais estações de metrô
  • 3 de fevereiro: mais de 300 escolas na Coreia do Sul adiam o retorno às aulas (apenas das áreas com casos confirmados de Covid-19)
  • 19 de fevereiro: autoridades identifica que o número de casos de Covid-19 explodiu porque uma pessoa infectada participou de um evento religioso. A cidade de Daegu entra em quarentena, afetando 2,5 milhões de pessoas
  • 20 de fevereiro: a Coreia do Sul completa 1 mês do primeiro registro do novo coronavírus e tem 104 casos confirmados de Covid-19 e uma morte, segundo a Universidade Johns Hopkins e a OMS. A taxa de mortalidade é de 0,9%
  • 11 de março: o país chega aos 50 dias desde o primeiro caso da doença com 7.755 casos confirmados de coronavírus e ao menos 60 mortes.

Diferentes reações

A professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Deisy Ventura, disse ao G1 que os países têm diferentes formas de lidar com a doença. Segundo ela, apenas o isolamento social não representa a melhor forma de combater a pandemia de novo coronavírus.

“Um país como a Espanha fazer um retorno gradual, por exemplo, é um teste. Essas decisões têm que ser feitas com base exclusivamente em evidências científicas”, reforçou a especialista. “Se for o caso de sair, talvez sair aos poucos e com a possibilidade de voltar a qualquer momento, em contato constante com o sistema de saúde.”

Ventura defendeu que, além das medidas de distanciamento social, é importante que haja políticas públicas de manutenção de renda e garantias de direitos sociais. Ela alertou também para casos como Suécia e Japão que teriam abandonado “cedo demais” ou nem chegaram a tomar medidas de isolamento e que agora voltaram atrás ao aplicar medidas mais expressivas de bloqueios.

A especialista em saúde internacional falou também que um bom exemplo é Portugal, que criou alternativas para garantir o distanciamento social, como a abertura de catracas no transporte público. Na última semana, o país também anunciou que imigrantes passariam a ter o direito de ser atendidos no sistema público de saúde.

Preparar-se para o pior

Para o ex-diretor do Instituto Adolfo Lutz e epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, Eliseu Waldman, é difícil criar projeções para o Brasil a partir de dados de outros países. Segundo ele, cada governo se posicionou de forma diferente no início da pandemia.

“Na minha opinião, não devemos fazer previsões do que vai acontecer no Brasil com base nos outros países. A gente tem que se preparar para o pior cenário para região”, explicou Waldman.

Ele reforçou que a pandemia acontece de diferentes formas em todo o mundo e as reações são variadas. Inicialmente, os especialistas acreditavam que o cenário chinês seria o pior possível, mas a Itália e os EUA ultrapassaram as cifras do país asiático.

“Não se esperava inicialmente que a pandemia alcançasse os resultados nas dimensões que tem alcançado nos EUA, que é um país muito rico e com um sistema de vigilância muito bom, ainda que o sistema de saúde não seja universal”, disse o epidemiologista.

Ele destacou também que a governança foi decisiva para que países apresentassem respostas rápidas para o vírus como a Alemanha e Portugal, que, segundo o pesquisador, conseguiram conter rapidamente o avanço da pandemia.

Novo ministro da Saúde já falou em escolher entre jovem e idoso “no final da vida

17 de abril de 2020 at 07:48

Mônica Bergamo/Folhapress

Marcelo Casal Jr/Agencia Brasil

Recém-nomeado ministro da Saúde, Nelson Teich afirmou, em 2019, que profissionais da saúde, quando tiverem recursos limitados, deverão levar em conta a idade do paciente ao escolher entre investir no tratamento de idosos ou de jovens.

Teich fez essa afirmação em painel no 9º Fórum de Oncoguia. A fala está em vídeo no canal da TV Oncoguia, publicado no dia 25 de abril de 2019. ​

“Como você tem dinheiro limitado, você vai ter que fazer escolhas, então você vai ter que definir onde você vai investir. Então, eu tenho uma pessoa que é mais idosa, que tem uma doença crônica, avançada, e ela teve uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar para investir num adolescente, que está com um problema. O mesmo dinheiro que eu vou investir lá, é igual. Só que essa pessoa é um adolescente que vai ter a vida inteira pela frente, e o outro é uma pessoa idosa, que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?”, disse Teich.

“Duas coisas importantíssimas na saúde hoje são: o dinheiro é limitado e você tem que trabalhar com essa realidade. A segunda coisa é que escolhas são inevitáveis. Quais vão ser as escolhas que você vai fazer, né?”, seguiu Teich.

Mais 5 pessoas morrem na Grande Belém e casos de coronavírus no Pará chegam a 557, com 26 óbitos

17 de abril de 2020 at 07:33

Diario Online

Reprodução

Por volta de 1h desta sexta-feira (17), a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) divulgou o balanço dos casos de coronavírus no Pará: agora, são 557 pessoas infectadas e mais 5 mortes registradas.

Sespa Pará@SespaPara

A Sespa informa que há 557 casos confirmados de Covid-19 no Pará, 1.407 casos descartados, 244 casos em análise e 26 óbitos. A atualização ocorreu às 00h30 de 17.04.2020.

Ver imagem no Twitter

59401:18 – 17 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads199 pessoas estão falando sobre isso

No novo balanço da Secretaria, é possível ver que grande parte dos 70 novos casos confirmados estão em Belém e Ananindeua, dois dos principais municípios que mais desrespeitam o isolamento social, fundamental para o controle da pandemia.

Sespa Pará@SespaPara

Confirmamos mais 70 casos de Covid-19. Agora são 557 casos confirmados no Pará.

Ver imagem no Twitter

74801:14 – 17 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads222 pessoas estão falando sobre isso

Inclemente, o coronavírus já alcança crianças, jovens (categoria que vai até 29 anos), pessoas acima dos 30 e idosos, que compõem o grupo de risco.

Mesmo assim, o índice de mortes possui cada vez mais pessoas abaixo de 60 anos, como os últimos dados divulgados pela própria Sespa:

Sespa Pará@SespaPara

Confirmamos mais cinco óbitos por Covid-19.

Mulher, 52 anos, de Belém.
Mulher, 58 anos, de Belém.
Mulher, 73 anos, de Belém.
Homem, 38 anos, de Marituba.
Homem, 49 anos, de Belém.

Agora são 26 óbitos registrados no Pará.

Cientistas interrompem estudo com cloroquina após morte de pacientes

16 de abril de 2020 at 17:59

Com Informações de R7 Notícias

 Saulo Ângelo

A pós 11 pessoas morrerem depois de receberem doses elevadas de cloroquina, um grupo de cientistas brasileiros decidiu interromper os testes realizados com o medicamento para tratamento de pacientes com a covid-19. 

Cerca de 81 pacientes hospitalizados na cidade de Manaus foram envolvidos no estudo brasileiro do medicamento, que foi patrocinado pelo Estado do Amazonas após autoridades recomendarem o uso da cloroquina no tratamento da covid-19.

Na publicação, médicos e especialistas concluem que o estudo deu mais evidências de que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar danos significativos a alguns pacientes, especificamente o risco de arritmia cardíaca fatal, já que os pacientes analisados também receberam o antibiótico azitromicina, que apresenta o mesmo risco cardíaco

“Além de ajudar os pacientes a melhorar, a cloroquina poderia ser usada para diminuir a carga viral nas secreções respiratórias, permitindo menos transmissão hospitalar e pós-alta. No entanto, nossos dados limitados não forneceram evidências desse efeito”, lamentam os pesquisadores.

Segundo os cientistas, o número limitado de pacientes até agora inscritos no estudo não permite estimar o benefício da cloroquina no tratamento da covid-19. “São urgentemente necessários mais estudos que iniciem o uso da cloroquina antes do início da fase grave da doença”, destaca o documento.

Porém, apesar do cancelamento da, os responsáveis pelo estudo afirmam que ainda é possível concluir que a cloroquina não é eficaz no tratamento de pacientes com a covid-19. “Vários estudos em andamento têm abordado o uso precoce de cloroquina, em que as propriedades anti-inflamatórias podem ser mais úteis”, avaliam os pesquisadores.