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Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas estima mais de 30 mil contaminados pelo coronavírus em Santarém

12 de junho de 2020 at 09:19

Portal OESTADONET – 12/06/2020

A segunda fase pesquisa do EPICOVID19-BR, realizada entre os dias 04 e 07 de junho, traz resultados inéditos. O EPICOVID19-BR é um estudo coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas.  No conjunto das 120 cidades que alcançaram 200 ou mais entrevistas na fase 2 da pesquisa, a proporção de pessoas com anticorpos, que significa que já tiveram ou têm o coronavírus, foi estimada em 2,8%, podendo variar de 2,6% a 3,0% pela margem de erro da pesquisa.

Em Santarém foram aplicados 250 testes. Desses, 23 deram positivo para Covid-19, o que representa uma taxa de anticorpos de 10,8%, a terceira posição entre seis municípios pesquisados no Pará. Com esse resultado é possivel estimar que mais de 30 mil pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus. Oficialmente, Santarém registra 2.722 casos confirmados de covid 19 e 152 mortes.

Veja os dados da pesquisa:

UFNome do municípioEntrevistas realizadasPositivos% anticorpos*
     
PABELÉM2503616.9%
PABREVES2502612.2%
PASANTARÉM2502310.8%
PAMARABÁ2502210.3%
PAALTAMIRA25062,8%
PAREDENÇÃO25031.4%

O financiamento para a pesquisa é do Ministério da Saúde. O estudo conta também com apoio do Instituto Serrapilheira, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), da Pastoral da Criança, e contou com doação do programa da JBS Fazer o Bem Faz Bem. A coleta de dados é de responsabilidade do IBOPE Inteligência. Em Santarém, a pesquisa de campo foi coordenada pela Universidade Federal do Oeste do Pará(UFOPA).

Em Boa Vista (RR), a proporção da população que tem ou já teve coronavírus foi estimada em 25%, ou seja, um de cada quatro habitantes da cidade está ou já esteve infectado. Foi possível testar 200 ou mais pessoas em 26 das 27 capitais. Entre estas, seis apresentaram resultado superior a 10%: Boa Vista (RR), Belém (PA), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Manaus (AM) e Maceió (AL).

Esses dados já levam em consideração a taxa de falsos positivos e falsos negativos do teste rápido utilizado. Essas 120 cidades correspondem a 32,7% da população nacional, totalizando 68,6 milhões de pessoas, entre as quais, 1,9 milhão (margem de erro de 1,7 a 2,1 milhões) estão ou já estiveram infectadas.

A diferença por regiões do Brasil é marcante. As 15 cidades com maiores prevalências incluem 12 da Região Norte e 3 do Nordeste (Imperatriz, Fortaleza e Maceió). Na Região Sul, nenhuma cidade apresentou prevalência superior a 0,5%, e, na Região Centro-Oeste, apenas três cidades superaram esta marca (Brasília, Cuiabá e Luziânia).

Segundo os pesquisadores, esse resultado confirma que a Região Norte tem o cenário epidemiológico mais preocupante do Brasil, o que já havia sido mostrado na primeira fase da pesquisa, da qual Santarém não foi incluída porque a coleta de dados foi interrompida ilegalamente pela Divisão de Vigilância Santária do município..

Fachin vota pela rejeição do pedido para tirar Weintraub do inquérito das fake news

12 de junho de 2020 at 09:04

Pedido começou a ser analisado pelo plenário virtual do STF nesta sexta. Fachin é o relator; ainda faltam os votos dos demais ministros.

Por Fernanda Vivas e Márcio Falcão, TV Globo — Brasília

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela rejeição do pedido apresentado pelo ministro da Justiça, André Mendonça, que tenta tirar do inquérito das fake news o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Fachin é o relator do pedido.

O caso começou a ser analisado pelo plenário virtual da Corte a partir desta sexta-feira (12). Os julgamentos no plenário virtual permitem que os ministros apresentem os votos de forma eletrônica, sem a necessidade de reuniões presenciais ou por videoconferência. Nesse sistema, os ministros têm seis dias para apresentarem seus votos.

Em seu voto, Fachin não chegou a analisar o mérito (conteúdo) do pedido, rejeitando o habeas corpus por questões processuais.

No entendimento do relator, o habeas corpus não é o tipo de ação adequada para se questionar a atuação de um ministro, em sua atividade de aplicar o Direito – no caso, a atuação do ministro Alexandre de Moraes como relator do inquérito das fake news.

“Este Supremo Tribunal tem jurisprudência consolidada no sentido de não caber habeas corpus contra ato de ministro no exercício da atividade judicante”, afirmou Fachin.

O pedido foi apresentado no dia 27 de maio, pelo ministro da Justiça, André Mendonça. O habeas corpus pretende beneficiar o ministro Weintraub e “todos aqueles que tenham sido objeto de diligências e constrições” no inquérito nas fake news. A intenção é trancar, ou seja, suspender o inquérito para o grupo.

A ação foi apresentada horas depois de uma operação da Polícia Federal que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, atingindo blogueiros e empresários aliados do presidente Jair Bolsonaro. A ação da PF ocorreu no âmbito do inquérito das fake news, que apura a disseminação de notícias falsas, ameaças a integrantes da Corte e seus familiares.

Weintraub apareceu como investigado no inquérito por conta da declaração durante a reunião ministerial de 22 de abril no Palácio do Planalto, na qual aparece defendendo a prisão de ministros do STF e chamando-os de “vagabundos”. O vídeo com a reunião foi divulgado por outra decisão judicial, desta vez do ministro Celso de Mello, relator do inquérito que apura se houve interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Histórico

Quando foi apresentado à Corte, o habeas corpus acabou sendo alvo de críticas, por ter sido protocolado pelo ministro da Justiça, André Mendonça. O pedido foi considerado genérico e uma ação política diante do incômodo do governo com o andamento do inquérito, que atingiu aliados de Bolsonaro com o operação da Polícia Federal. Na ocasião, ministros da Justiça de governos anteriores lembraram que a atitude não era usual, já que defesa do governo e de seus integrantes é feita pela Advocacia Geral da União (AGU).

O documento relatava “uma sequência de fatos que, do ponto de vista constitucional, representam a quebra da independência, harmonia e respeito entre os Poderes desejada por todos”. Mendonça ainda afirmou que foram cumpridos mandados judiciais, no âmbito do inquérito, contra “parlamentares, youtubers, empresários e apoiadores do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro”.

Nesta semana, o STF começou a julgar uma ação da Rede que questiona a validade do inquérito das fake news. Fachin, que é o relator, votou para a continuidade das investigações. O caso será retomado na próxima quarta-feira (17). Ainda faltam dez votos.

Procuradores

Em outra ação também no plenáro virtual, Fachin também votou pela rejeição de um mandado de segurança da Associação Nacional dos Procuradores da República que questiona o inquérito. A entidade pede a suspensão das investigações e um salvo-conduto para impedir que procuradores sejam alvos da apuração. Os ministros também têm seis dias para apresentarem seus votos neste caso.

Segundo o ministro, o Supremo tem entendimento pacífico de que o mandado de segurança não pode ser usado como via recursal.

“De outro passo, a impugnação genérica contra a Portaria de instauração do inquérito desafia outros instrumentos de controle, tanto que é impugnada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n.o 572, sendo também aplicável a Súmula n.101 deste STF, no sentido de que “o mandado de segurança não substitui a ação popular”, escreveu Fachin.

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População com anticorpos da covid-19 aumentou 50% em duas semanas, diz pesquisa

12 de junho de 2020 at 08:51

Aumento preocupa pesquisadores

Estudo em 133 municípios do Brasil

Em 120 cidades, incluindo 26 das 27 capitais, com exceção de Curitiba, foi possível testar pelo menos 200 pessoas

PODER360
12.jun.2020 (sexta-feira) – 8h05

Estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) revela 1 aumento de 50% em apenas duas semanas na proporção da população com anticorpos para o coronavírus no Brasil.

Eis a íntegra (308 KB) do levantamento.

A equipe de pesquisadores considerou as 83 cidades que registraram pelo menos 200 testes e entrevistas nas duas fases da pesquisa. A proporção da população com anticorpos foi de 1,7%, na 1ª fase, para 2,6%, na 2ª fase. Com a margem de erro, a taxa varia de 1,5% a 1,8% na 1ª fase e na 2ª fase de 2,4% a 2,8%.

A 2ª fase da Epicovid19, realizada de 4 a 7 de junho, fez 31.165 testes e entrevistas. A 1ª fase foi realizada de 14 a 21 de maio, com 25.025 testes e entrevistas.

O coordenador-geral do estudo e reitor da Ufpel, Pedro Hallal, diz que “se fosse uma corrida de Fórmula 1, infelizmente, o Brasil é, de todo o autódromo, o carro que está acelerando com maior velocidade nessa expansão do novo coronavírus”.

“Se a gente quer ter uma ideia do número total de pessoas infectadas, a gente pega o número oficial e multiplica por 6. E a gente vai ter uma boa estimativa de quantos brasileiros têm os anticorpos contra o novo coronavírus”, afirma Hallal.

A estimativa, na 2ª fase, é que haja 6 vezes mais casos da covid-19 do que o dado oficial registrado nas cidades pesquisadas. Na 1ª fase, a Epicovid19 havia projetado que o Brasil tinha 7 vezes mais casos do novo coronavírus do que apontam as estatísticas oficiais.

Verba retida da Ciência ajudaria a combater covid-19, diz especialista

12 de junho de 2020 at 07:27

“The Mona Lisa”

Os principais representantes da Ciência e Tecnologia no Brasil denunciam que recursos importantes destinados ao setor não estão sendo aplicados e que poderiam estar ajudando muito no enfrentamento à pandemia por coronavírus.

“R$ 25 bilhões destinados ao Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia não podem ser utilizados para pesquisa, produção de vacinas e medicamentos para o combate à covid- 19, pois foram caracterizados, nos últimos anos, pelo Orçamento Federal, como reservas para o pagamento de juros e ganhos de capital financeiro”, chama a atenção o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich.

Ele e outras referências importantes do setor científico do país participaram do debate O Valor da Ciência, da Tecnologia e da Inovação como política de Estado, que faz parte do Ciclo Diálogos, Vida e Democracia, uma série de videoconferências promovidas pelo Observatório da Democracia.

O Orçamento Federal de 2020 travou R$ 5,1 bilhões (R$ 0,8 bilhão do Ministério da CT&I e R$ 4,3 bilhões do Fundo Nacional de C&T – FNDCT) carimbando-os como Reserva de Contingência.

Esse recurso disponível poderia ser utilizado, imediatamente, para o controle da infecção de covid-19, ampliando o número de diagnósticos e tratamento de casos”, afirma o coordenador do evento, Alexandre Navarro , vice-presidente da Fundação João Mangabeira e ex-secretário nacional de Ciência e Tecnologia (C&T).

Soft Power

A cada 1% de gasto em pesquisa e desenvolvimento gera um crescimento adicional no PIB de 9,92%, incorporação de valor em bens e serviços muito superior ao resultado do desembolso em outras áreas, como defesa, 0,03% e infraestrutura ( 0,01%), segundo Levy Economics Institute – EUA, 2017.

“Há o conhecimento científico que chamamos de soft power. Ele supera o poder de tanques e mísseis. Precisamos de um Ministério das Relações Exteriores no Brasil que compreenda o valor da Ciência para as relações internacionais do país”, defende Davidovich, que é doutor em Física pela Universidade de Rochester (EUA) e membro da Academia Mundial de Ciências.

Ele aponta como exemplo o conhecimento científico desenvolvido pela Embrapa e pela Fiocruz, que projetaram o Brasil internacionalmente.

congresso em foco

Bolsonaro incentiva invasão de hospitais para checar ocupação de leitos

11 de junho de 2020 at 23:09

Presidente afirmou, em live, que pessoas “devem achar um jeito de entrar e filmar”; ele alegou que isso ajudaria a controlar gastos

Bolsonaro fala com apoiadores

LOURENÇO FLORESlourenco.flores@metropoles.com

11/06/2020 22:58,ATUALIZADO 11/06/2020 22:59

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (11/06), que pessoas pelo país “arranjem um jeito” para entrar em hospitais de campanha ou públicos que estejam atendendo pacientes com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e filmar a situação.

“Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”, incentivou o presidente.

Bolsonaro não falou sobre eventuais riscos sanitários a que as pessoas estarão expostas caso aceitem a sugestão ou sobre possíveis problemas de segurança ou consequências para quem trabalha nas unidades. O presidente alegou que queria que mandassem para ele, “pelas redes sociais”, e isso seria então de alguma forma encaminhado para apuração.

A declaração foi dada na live semanal que faz às quintas-feiras. Nesta quinta, ele também criticou seu primeiro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de quem disse gostar “pessoalmente”, pelo que chamou de “exagero nos números” da pandemia de coronavírus. Em várias oportunidades, Bolsonaro defendeu o fim do isolamento horizontal (mais amplo, não restrito a grupos de maior risco) e participou de atividades com aglomeração (com e sem máscara).

Não é a primeira vez que Bolsonaro duvida dos números reais de atingidos pelo vírus. Já atacou governadores por supostamente inflarem os números, já deu a entender que a letalidade é muito baixa e deve ser aceita com naturalidade e insinuou interesses políticos para atingi-lo numa tentativa de transformar em algo mais grave do que é a crise do coronavírus.

Nesta quinta, o boletim do Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass) sobre o estado da pandemia de coronavírus divulgado no início da noite registrou 1.240 mortes e 30.412 casos de Covid-19 nas últimas 24h. Com esses números, o país chega a 40.920 falecimentos e 802.828 pessoas infectadas desde que o novo vírus chegou ao país em fevereiro deste ano.


57% levariam isolamento mais a sério se soubessem nº de infectados em seus bairros

11 de junho de 2020 at 22:45

40% já fazem o máximo possível

Paulistano quer mais informações

Pesquisa realizada na capital de SP

Prefeito Bruno Covas (PSDB) e o governador João Doria (PSDB)

DOUGLAS RODRIGUES

PODER360

Pesquisa Ibope revela que os paulistanos querem dados mais detalhados para tomar suas decisões quanto ao cumprimento das regras de isolamento social. Se recebessem informações oficiais de que o seu bairro ou até a sua rua tem altas taxas de contaminação e mortes por causa da covid-19, 57% passariam a sair menos de casa para ficar no máximo isolamento possível.

Outros 40% disseram que não mudariam a rotina, pois já estão fazendo o máximo possível para ficar isolados.

A pesquisa foi divulgada na 4ª feira (10.jun.2020). Foram ouvidas 800 pessoas com mais de 16 anos no município de São Paulo. O estudo foi realizado por meio online, de 21 de maio a 1º de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

São Paulo é o Estado mais atingido pela pandemia. O Estado tinha até esta 4ª feira (11.jun) 156.316 casos registrados e 9.862 mortes.

Eis outros dados do estudo:

  • Jair Bolsonaro – 66% dos paulistanos acham inadequadas as medidas tomadas na crise pelo presidente, 21% acham adequadas e 13% não responderam;
  • João Doria e Bruno Covas – 51% dos paulistanos apoiam as ações do governador de São Paulo e do prefeito da capital no combate à pandemia. Já a desaprovação foi de 36% e 35%, respectivamente. Os que não souberam opinar sobre os gestores do Estado e do município foram 13%;
  • Eduardo Pazuello – 53% dos entrevistados apoiaram as medidas do ministro interino da Saúde, 35% acharam inadequadas e 12% não souberam responder;
  • flexibilizações em SP – 33% dos entrevistados concordam que a cidade deve reabrir o comércio imediatamente, mesmo correndo o risco de uma nova onda de contágio. E 24% dizem concordar em relaxar o isolamento social, pois o pior da pandemia já passou;
  • preocupação com a pandemia – 54% citam a saúde de seus familiares e 14%, a própria saúde;
  • preocupação com a economia – 16% citam o medo de ficar desempregado e 9% em ter a renda diminuída/perder clientes ou ter prejuízos financeiros;
  • preocupação para o Brasil – 51% temem um colapso/superlotação do sistema de saúde e 27% a economia do país piorar;
  • dificuldades na rotina – 26% citam a vizinhança barulhenta, 20% a solidão, e 19% dizem que é conciliar trabalho profissional com atividades domésticas (na faixa de renda familiar acima de 5 salários mínimos este percentual é de 34%, na região Oeste, 30% e na classe AB, 27%).

Virou rotina em Bragança, obras que são apenas placas

11 de junho de 2020 at 20:50

Cais de arrimo na orla tem uma placa publicitária desde 2017, com prazo determinado para 180 dias

a manhã desta quinta-feira (11) um caminhão baú ficou preso em um buraco que se formou no cais de arrimo do rio Caeté, na orla de Bragança.

A principal causa apontada para o incidente é o peso do caminhão, que receberia uma carga de peixe no momento que o concreto cedeu. Segundo o motorista, é comum o trânsito de caminhões que fazem o transporte do pescado no local, sem que haja qualquer fiscalização por parte da Prefeitura


Quem utiliza o local para trabalhar afirma que o muro não é seguro e este incidente é uma prova disso.

Em abril de 2019 uma parte do muro de arrimo já havia desabado após processo de erosão e má conservação, desde então, nenhum reparo foi feito no local.

No dia 02 de junho de 2017 foi iniciada uma obra para construção de um muro de arrimo em concreto armado no mesmo lugar do já existente com o prazo de 180 dias para a conclusão da obra, no valor de 1.464.799,43.

FONTE: Bragança Hoje Online

Justiça Federal do Rio suspende nomeação da presidente do Iphan

11 de junho de 2020 at 20:20

Decisão de juiz da 28ª Vara Federal atende a ação popular que questiona a qualificação de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra para o cargo.

Por G1 Rio

A Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu, na noite de quarta-feira (10), os efeitos da nomeação e da posse de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra para o cargo de presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A ação popular, movida pelo deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ), foi deferida pelo juiz Adriano de França, da 28ª Vara Federal. Segundo o texto da decisão, Larissa não tem formação, nem experiência profissional compatíveis com o cargo.

De acordo com a ação, o cargo deve ser ocupado por profissionais com formação em História, Arqueologia ou áreas relacionadas ao tombamento e conservação do patrimônio histórico e artístico.

Segundo apurou o Ministério Público Federal, que encaminhou uma manifestação na ação popular movida por Calero, Larissa Dutra é graduada em Turismo e Hotelaria pelo Centro Universitário do Triângulo e cursa atualmente pós-graduação lato sensu em “MBA Executivo em gestão estratégica de marketing, planejamento e inteligência competitiva” na Faculdade Unileya.

Larissa, que é servidora do Ministério do Turismo, assumiu a presidência após o órgão ficar cinco meses sem um titular, desde a exoneração de Kátia Bogéa.

O Ministério do Turismo – órgão ao qual o Iphan é vinculado – informou por e-mail, às 15h47, que não havia sido notificado oficialmente, que “reafirma sua total confiança no trabalho de Larissa Peixoto” e que a nomeação atendeu a todos os requisitos exigidos por lei.

G1 entrou em contato com a Casa Civil, responsável pela nomeação, e aguarda resposta. A equipe de reportagem ainda não conseguiu contato com Larissa.

Larissa Dutra teve a nomeação suspensa para a presidência do Iphan — Foto: Divulgação/Iphan

Larissa Dutra teve a nomeação suspensa para a presidência do Iphan — Foto: Divulgação/Iphan

Nomeação após Bolsonaro criticar o Iphan

Arquivo: Governo faz nomeação política para cargo técnico do Iphan

Arquivo: Governo faz nomeação política para cargo técnico do Iphan

Larissa foi nomeada em 11 de maio, dias depois de o presidente Jair Bolsonaro criticar a atuação do Iphan. Na reunião ministerial de 22 de abril de 2020, Bolsonaro disse que alguém do Iphan deveria resolver o assunto de obras como as do empresário Luciano Hang – supostamente suspensas em decorrência de processos de licenciamentos junto à instituição.

“O Iphan para qualquer obra do Brasil, como para a do Luciano Hang. Enquanto está lá um cocô petrificado de índio, para a obra, pô! Para a obra. O que que tem que fazer? Alguém do Iphan que resolva o assunto, né? E assim nós temos que proceder”, afirmou o presidente durante a reunião.


Luciano Hang foi um dos alvos da operação da Polícia Federal
 que faz parte do inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal que apura a criação e disseminação de fake news.

“[Hoje é dia de] Agradecer à Justiça brasileira por mais uma vez colocar freios nessa sanha de distribuição de cargos do Bolsonaro, que para acomodar seus interesses particulares e os interesses de seus aliados, não hesita inclusive em quebrar uma promessa de campanha, um verdadeiro estelionato eleitoral, e mais do que isso, não hesita em entregar verdadeiros louros da administração pública brasileira, como é o caso do Iphan”, disse Marcelo Calero.

Desde 1937

Criado em 1937, o Iphan tem como missão principal a proteção e promoção dos bens culturais do país. O instituto tem 27 Superintendências e 37 Escritórios Técnicos, a maioria localizados em cidades que são conjuntos urbanos tombados – as chamadas Cidades Históricas

O órgão ainda possui seis Unidades Especiais, sendo quatro delas no Rio de Janeiro – Centro Lúcio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular – e duas em Brasília – o Centro Nacional de Arqueologia e Centro de Documentação do Patrimônio.

O Iphan também responde pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens culturais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial e na Lista o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, conforme convenções da Unesco – respectivamente, a Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 e a Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003.


Justiça de SP quebra sigilo bancário do escritório de advocacia e da mãe do ministro Ricardo Salles

11 de junho de 2020 at 18:33

Decisão é um desdobramento de investigação de possível enriquecimento ilícito de Ricardo Salles durante o período em que ele foi secretário estadual do Meio Ambiente de SP.

Por Léo Arcoverde, GloboNews

Ministro Ricardo Salles em foto do dia 9 de outubro de 2019 — Foto: Adriano Machado/Reuters

Ministro Ricardo Salles em foto do dia 9 de outubro de 2019 — Foto: Adriano Machado/Reuters

O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, determinou a quebra do sigilo bancário do escritório de advocacia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da mãe dele, Diva Carvalho de Aquino.

A decisão se deu no âmbito de inquérito civil do Promotoria do Patrimônio Público de São Paulo, que investiga possível enriquecimento ilícito no período em que Salles foi secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB)

O ministro movimentou R$ 2,8 milhões da conta de seu escritório de advocacia Carvalho de Aquino e Salles Advogados para sua conta pessoal em 58 transações entre 2012 e 2017. Se considerado apenas o período em que ocupou cargos no governo estadual (2013 a 2017), o valor é de R$ 2,75 milhões.

O Ministério do Meio Ambiente informou, por meio de nota, que “todos os dados estão à disposição da justiça. A apuração irá mostrar que não há nada irregular.”

Segundo o MP, as declarações de Imposto de Renda de Salles durante o período não correspondem ao rendimento verificado nas transações bancárias.

“Por meio das declarações de imposto de renda do requerido no período de interesse para a investigação descrita na petição inicial, verifica-se ter ele declarado ao fisco federal o recebimento de rendimentos não muito vultosos da sociedade de advogados que integra, a Carvalho de Aquino e Salles Advogados”, diz o Ministério Público no pedido de quebra dos sigilos feitos à Justiça.

“Da análise da movimentação bancária do requerido, percebe-se, com facilidade, que ocultou vultosa movimentação financeira proveniente de recebimento de diversas transferências a crédito dessa sociedade de advogados, estando tal fato a indicar, no mínimo, a existência de indícios de sonegação fiscal, num primeiro momento, e também de recebimento de valores não declarados por intermédio dessa pessoa jurídica aptos a caracterizar provável enriquecimento ilícito e até mesmo crimes de lavagem de dinheiro”, afirmou ainda o Ministério Público.

Em sua decisão, determinada no dia 8 deste mês, o juiz Marcos de Lima Porta declara: “Por se tratar de medida cautelar antecedente, não há falar em estabilização da lide. Diante do relatório juntado pelo Ministério Público (fl. 796) e os argumentos por ele trazidos, defiro o pedido de inclusão no polo passivo de Carvalho de Aquino e Salles Advogados e Diva Carvalho de Aquino, ambos qualificados nos autos. Providencie a Serventia o necessário. Na linha dos argumentos constantes no V. Acórdão mais os argumentos trazidos pelo Ministério Público, decreto a quebra do sigilo bancário desses requeridos, providenciando-se a Serventia também o necessário, observando-se os itens “c” e “d” de fls. 764 e 765”.


BARRACO POLÍTICO

11 de junho de 2020 at 17:43

Moro diz que foi padrinho de Zambelli por ‘constrangimento’ e deputada rebate

FOLHAPRESS

 reprodução

Sergio Moro, ex-ministro do governo Bolsonaro e ex-juiz, disse, nesta quinta-feira (11), que aceitou o convite para ser padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) por “constrangimento”.

“Pouco conheço a Zambelli. Na verdade, a questão é que foi aquele tipo de convite que você fica constrangido: ‘ah, vamos lá prestigiar’. Mas eu nunca tive um relacionamento próximo, pessoal com a deputada”, disse ele em entrevista ao programa “Timeline”, da Rádio Gaúcha.

Na cerimônia realizada em fevereiro, a deputada escolheu Moro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e suas respectivas mulheres, Rosângela e Daniela, como padrinhos e madrinhas de seu casamento com o coronel Aginaldo de Oliveira, diretor da Força Nacional de Segurança.

Na entrevista, Moro ainda minimizou declarações anteriores da deputada de que ele perseguia o PT e protegia o PSDB enquanto julgou casos da Operação Lava Jato. “É um velho discurso de perseguição política”, disse.

Após a declaração de Moro, Carla Zambelli publicou mensagem no Twitter em que ironiza o constrangimento relatado pelo ex-ministro com vídeo no qual ele elogia a deputada. Em seguida, questiona se Moro é “mentiroso” ou “cínico”.

“Da nossa parte era verdadeiro, prezado. O duro agora são os álbuns, que não se editam. Mas sempre fica o aprendizado”, concluiu Zambelli.

À radio, Moro voltou a dizer que não deixou o governo para ser um líder opositor e que se via como uma bandeira anticorrupção. “Eu não saí do governo para construir uma oposição. Eu saí, declinei meus motivos e o objetivo nem foi prejudicar o governo. Até fiquei surpreso com a abertura do inquérito (sobre a denúncia no STF). O objetivo foi expor o porquê eu estava saindo e era proteger as pessoas, a Polícia Federal”, completou.