Justiça de SP mantém condenação e Bolsonaro terá que indenizar jornalista da Folha por ofensa à honra

29 de junho de 2022 at 14:40

Presidente é considerado culpado por realizar ofensas de cunho sexual contra a repórter Patrícia Campos Mello. Ele já havia sido condenado em 1ª instância em março de 2021.

Por g1 SP — São Paulo

29/06/2022 11h09  Atualizado há 2 horas


O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante a Cerimônia de anuncio das Novas Medidas da Caixa Econômica Federal (CEF) de Apoio às Santas Casas e aos Hospitais Filantrópicos, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (25). — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante a Cerimônia de anuncio das Novas Medidas da Caixa Econômica Federal (CEF) de Apoio às Santas Casas e aos Hospitais Filantrópicos, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (25). — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação e decidiu, nesta quarta-feira (29), que o presidente Jair Bolsonaro deve pagar uma indenização de R$35 mil à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, pelo crime de ofensa à honra, informou o jornal.

A repórter comemorou a decisão em sua conta no Twitter: “Ganhamos!!!! Por 4×1, o TJ de SP decidiu que não é aceitável um presidente da República ofender, usando insinuação sexual, uma jornalista. Uma vitória de todas nós mulheres”, escreveu Patrícia.

Procurada pelo g1, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou. O presidente Jair Bolsonaro ainda pode recorrer da decisão.

Patrícia Campos Mello processou Bolsonaro após sofrer um ataque, com cunho sexual, durante entrevista concedida pelo presidente no dia 18 de fevereiro de 2020. A declaração foi dada após reportagem de Campos Mello apontar que a empresa de marketing digital Yacows teria participado de esquema de disparo de mensagens por meio do WhatsApp durante as eleições.

“Ele [jornalista] queria um furo. Ela queria dar o furo, dar o furo a qualquer preço”, disse o presidente na ocasião. 

Bolsonaro repete ofensas de depoente a repórter e entidades de imprensa repudiam

Campos Mello solicitou uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.

Em março de 2021, a Justiça já havia condenado o presidente Jair Bolsonaro em 1ª instância. Na decisão da época, a juíza da 19ª Vara Cível declarou que “restou evidente ter o réu no exercício individual do direito à liberdade de expressão violado a honra da autora, causando-lhe dano moral, devendo, portanto, ser responsabilizado.”

Outro trecho da decisão da magistrada diz ainda que “a utilização da palavra ‘furo’ em relação à autora repercutiu tanto na mídia como também nas redes sociais, expondo a autora.”

Na semana passada, o desembargador Salles Rossi, do TJ-SP, havia acatado a tese de defesa do presidente e disse não ter visto insinuação sexual de Bolsonaro a repórter. Com a divergência entre desembargadores, a turma que julga o caso foi ampliada de três para cinco magistrados, e a decisão foi marcada para esta quarta.

Comando da Caixa sabia de assédio e acobertou casos até com promoções, dizem ex-dirigentes

29 de junho de 2022 at 11:07
TOPO

Por Ana Flor

Jornalista e comentarista da Globo News. Acompanha as notícias de Brasília, da política econômica aos bastidores do poder.

O comando da Caixa Econômica Federal sabia dos casos de assédio do atual presidente, Pedro Guimarães, e acobertou as denúncias, inclusive com promoções, relataram ao blog três ex-integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal da instituição.

Os primeiros casos chegaram aos canais de denúncia do banco ainda em 2019, quando Pedro Guimarães assumiu a presidência.

Segundo os relatos ouvidos pelo blog nesta quarta-feira (29), mulheres vítimas do assédio de Guimarães que aceitavam não levar adiante as denúncias foram transferidas, receberam cargos em outras instituições públicas ou ficavam temporadas no exterior, em cursos.

Presidente da Caixa é investigado por assédio sexual

Já quem ajudava Guimarães a acobertar os casos chegou a receber promoção.

Outros executivos da instituição deixaram o banco porque não aguentaram o ambiente de assédio, que também era moral.

Um ex-dirigente conta que, em reuniões do conselho e da diretoria, Guimarães gritava com auxiliares e xingava subordinados, inclusive com palavrões.

As áreas de “compliance” e a ouvidoria eram pressionados pelo próprio presidente do banco, segundo outro relato.

Pedro Guimarães, presidente da Caixa — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Pedro Guimarães, presidente da Caixa — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

“É preciso uma ampla investigação na instituição, porque diversos casos eram de conhecimento da cúpula da casa”, afirmou ao blog um ex-conselheiro.

Um caso que deve entrar também na mira do Ministério Público é o de um segurança que trabalhava na garagem da instituição e que acabou demitido depois de flagrar a conduta impropria de Guimarães em relação a uma assessora dentro de um carro.

Além de pressionar subordinados com demissão, Guimarães usava a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro para garantir o silêncio dentro do banco, segundo os relatos.

“A publicidade deste caso se deve à corajosa atitude de mulheres que denunciaram o assédio sofrido. A instituição falhou miseravelmente em coibir atitudes improprias e fazer valer regras básicas de governança”, afirmou ao blog um dos ex-dirigentes.

Pai de Lira chama homem de “filho da puta” em ato com Bolsonaro

29 de junho de 2022 at 10:06

Prefeito de Barra de São Miguel, Benedito de Lira, xingou uma pessoa que estava na plateia em cerimônia do governo em AL

Benedito de Lira discursa durante evento do governo federal em Maceió

PODER360

O prefeito de Barra de São Miguel, Benedito de Lira (PP-AL), chamou de “filho da puta” uma pessoa que estava na plateia, nesta 3ª feira (28.jun.2022), durante cerimônia do Programa Casa Verde e Amarela, em Maceió (AL).

Seu filho, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), e o senador alagoano e pré-candidato do PTB ao governo do Estado, Fernando Collor (PTB), estavam no palco durante o xingamento.

“O que é? Vai te embora, rapaz. Você não conhece a história de Alagoas, rapaz. Não me conhece não, sai daqui! Vai embora, filho da puta”, disse ao microfone. Seu discurso durou cerca de 10 minutos.

Nas imagens, não é possível identificar quem Benedito xinga nem o motivo. Bolsonaro, Arthur Lira, Caldas e Collor riem da declaração.

Assista (1min57s): 

Benedito de Lira, 80 anos, foi senador de Alagoas, de 2011 a 2019. Foi eleito deputado federal por 3 mandatos (de 1995 a 1999 e de 2003 a 2011), deputado estadual, de 1983 a 1995, e vereador de Maceió, de 1973 a 1983.

Com alta na demanda, Lufthansa planeja retorno do Airbus A380 em 2023

29 de junho de 2022 at 08:53

Companhia aérea alemã afirmou que a maior aeronave de passageiros do mundo continua popularAirbus A380 da LufthansaAirbus A380 da LufthansaDivulgação/Lufthansa

Francesca Streetda CNN

29/06/2022 às 03:00 | Atualizado 29/06/2022 às 02:57

A380 superjumbo é amado entre os fãs da aviação, graças ao seu interior espaçoso, tamanho poderoso e experiência de voo silenciosa, mas seus dias estão contados desde que a Airbus anunciou em 2019 que estava encerrando a produção do avião.

Com alto custo de operação, o desaparecimento da maior aeronave de passageiros do mundo foi aparentemente acelerado pela queda de viagens devido à pandemia de Covid-19.

Mas a companhia aérea alemã Lufthansa – que estava vendendo seus A380 em um possível sinal da aposentadoria da aeronave de sua frota – anunciou planos para reinstituir o enorme avião a partir do verão europeu de 2023.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira (27), a Lufthansa afirmou que o retorno da aeronave estava relacionado “ao forte aumento na demanda dos clientes e ao atraso na entrega de aeronaves encomendadas”, observando que o A380 continua popular entre sua tripulação e passageiros.

Retorno do superjumbo

A Lufthansa vendeu seis de seus A380 nos últimos dois anos, mas ainda tem oito superjumbos em sua frota. Essas aeronaves estão atualmente em armazenadas na Espanha e na França.

A companhia alemã diz que ainda está avaliando quantos A380 serão reativados e analisando em quais rotas podem voar.

Normalmente, as companhias aéreas utilizam superjumbos em rotas populares de longa distância. O tamanho das aeronaves as torna caras para operar, então é necessária alta demanda para justificar seu uso.

Enquanto nos últimos anos o A380 parecia estar de saída, a decisão da Lufthansa sugere que a aeronave ainda não foi reservada aos livros de história. Os superjumbos também permanecem nas frotas da Singapore Airlines, Emirates, Qantas, Qatar Airways, Korean Air, All Nippon Airways e British Airways.

Após a entrega do A380 final em dezembro de 2021, o presidente da Emirates, Tim Clark, disse que “continuará sendo o principal produto da Emirates nos próximos anos”.

Enquanto isso, a Singapore Airlines reconheceu o apelo aos passageiros do superjumbo ao anunciar planos para restabelecer a aeronave no ano passado. “Algumas pessoas compram passagens em voos do A380 especificamente para voar nele”, disse Siva Govindasamy, chefe global de relações públicas da Singapore Airlines, à CNN.

No início deste ano, um Airbus A380 também completou um voo de teste movido a combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) e operando com um único motor Rolls-Royce Trent 900.

“DONO DAS MULHERES”

28 de junho de 2022 at 22:55

Dossiê revela assédio do presidente da Caixa contra mulheres

Denúncias contra Pedro Duarte Guimarães estão sendo investigadas sob sigilo pelo Ministério Público Federal (MPF).

 terça-feira, 28/06/2022, 21:45 – Atualizado em 28/06/2022, 21:44 –  Autor: DOL com informações do Metrópoles/DOL


Pedro Guimarães é alvo de série de denúncias de abusos sexuais ocorridos desde 2021

 Pedro Guimarães é alvo de série de denúncias de abusos sexuais ocorridos desde 2021 | Isac Nóbrega/PR

 Ouça esta reportagem 

Uma das figuras mais importantes do círculo mais próximo do presidente Jair Bolsonaro está envolvida em um escândalo que pode fragilizar a imagem de um dos principais órgãos do Governo: a Caixa Econômica Federal.

Um dossiê com diversas denúncias de funcionárias do banco estatal foi publicado nesta terça-feira (28) pelo portal Metrópoles. No conteúdo da publicação, as mulheres relatam casos de assédio sexual durante viagens e eventos. O próprio presidente da instituição financeira, Pedro Duarte Guimarães, é acusado de ser o assediador.

Pedro Guimarães é figura recorrente em eventos e lives com a presença do presidente Jair Bolsonaro, graças, especialmente, às políticas públicas assistenciais mediadas pela Caixa, como o Auxílio Emergencial e entrega de imóveis Brasil afora pelo programa “Casa Verde e Amarela”, entre outras ações.

Ao todo, cinco mulheres denunciaram abusos vividos em diferentes ocasiões de trabalho, que incluem toques íntimos sem consentimento, abordagens e convites invasivos e incompatíveis com as relações corporativas.

Todas as vítimas ouvidas pelo Metrópoles não tiveram as identidades reveladas, mas passaram por cargos ou ainda estão atuando em equipes ligadas diretamente ao gabinete da presidência da Caixa.

“DONO DAS MULHERES”

Nos relatos, o comportamento de Pedro Guimarães é dito como extremamente invasivo. “Ana”, nome fictício para preservar a identidade da vítima, afirma que o presidente do banco costumava se sentir “dono das mulheres”. “É comum ele pegar na cintura, pegar no pescoço. Já aconteceu comigo e com várias colegas”, pontua.

“Ele trata as mulheres que estão perto como se fossem dele.” “Ana” relata, ainda, que, diante de negativas das subordinadas, Guimarães insistia. “Ele já tentou várias vezes avançar o sinal comigo. É uma pessoa que não sabe escutar ‘não’. Quando escuta, vira a cara e passa a ignorar. Quando me encontrava, nem me cumprimentava mais”, completa a vítima.

INTERESSES

A escolha das mulheres que integram a comitiva de Pedro Guimarães nas viagens do programa Caixa Mais Brasil é feita diretamente pelo gabinete dele, denunciam as funcionárias. As selecionadas são comunicadas, segundo “Ana”, como quem recebe a notícia de que acabou de ganhar um prêmio.

E o critério da seleção, diz “Valéria”, outra funcionária, é definido de acordo com as preferências de Guimarães: “Tem um padrão. Mulher bonita é sempre escolhida para viajar”. “Ele convida para as viagens as mulheres que acha interessantes”, afirma.

OUTRAS DENÚNCIAS

Entre tantos episódios denunciados pelas vítimas em entrevista ao Portal Metrópoles, alguns chamam a atenção pelo conteúdo repugnante dos atos praticados pelo presidente da Caixa. Em algumas oportunidades, Pedro Guimarães chegou a convidar funcionárias para saunas, banhos de piscina e até mesmo pedidos para frequentar o quarto em que ele estava.

Em determinada vez, uma pessoa próxima a Guimarães teria chegado a uma das mulheres e indagado: “E se o presidente quiser transar com você?”. Em muitos momentos, o presidente da Caixa é acusado de invadir o espaço pessoal com toques, passadas de mão em partes íntimas e beliscões.

JOGO DE PODER

Todos os relatos possuem como pano de fundo a relação de poder e a posição de mando de Pedro Guimarães. “A posição em que ele se coloca deixa as mulheres muito constrangidas. Se ele tem o poder, você tem que fazer, tem que fazer o que ele mandar, independentemente do que seja”, afirma “Thaís”, a funcionária que diz ter sido convidada por ele para ir à sauna e, na mesma viagem, recebeu um beliscão. “Ele chega de forma muita invasiva e constrangedora”, prossegue.

A lógica das abordagens, dizem as mulheres, é sempre a mesma. Elas afirmam que Guimarães trabalha com a ideia de que quem aceita as investidas pode ganhar vantagens, como ascensão na carreira. “Sempre tem perguntas do tipo: ‘Quero saber se você está comigo ou não, se eu posso contar com você’”, diz Cristina. “É um conceito deturpado de meritocracia. Para ele, meritocracia é atendê-lo”, afirma “Valéria”.

As mulheres são unânimes ao responder que não denunciaram antes as situações sobre as quais estão falando agora por medo de serem perseguidas. Elas dizem não confiar nos canais de denúncias internas do banco – na Caixa, há um setor, a Corregedoria, que tem entre suas atribuições a apuração de casos do tipo.

Uma das funcionárias afirma ter conhecimento do caso de uma colega de trabalho que resolveu comunicar uma situação de assédio que experimentou dentro da instituição, mas logo depois sua “denúncia” chegou às mãos de funcionários do gabinete de Guimarães.

“A gente tinha muito receio, porque a corda arrebenta sempre do lado mais fraco, porque em qualquer lugar em que vá essa denúncia ele pode ter um infiltrado. E isso afeta o resto do meu encarreiramento, no aspecto profissional. Então, era melhor esperar passar”, afirma “Thaís”.

“Noventa por cento das mulheres não vão falar porque ele tem poder”, emenda. “Quando ele percebe que tem algum caso que representa risco, chama para perto, mantém a mulher por perto. Ou então pede às pessoas próximas para que elas sejam observadas”, relata “Ana”.

POSIÇÃO

A reportagem do Portal Metrópoles fez uma série de perguntas a Pedro Guimarães, mas não houve respostas pontuais. A Caixa Econômica Federal enviou a seguinte nota:

“A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de ‘qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça’. A Caixa possui, ainda, canal de denúncias, por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias. Ademais, todo empregado do banco participa da ação educacional sobre Ética e Conduta na Caixa, da reunião anual sobre Código de Ética na sua Unidade, bem como deve assinar o Termo de Ciência de Ética, por meio dos canais internos. A Caixa possui, ainda, a cartilha ‘Promovendo um Ambiente de Trabalho Saudável’, que visa contribuir para a prevenção do assédio de forma ampla, com conteúdo informativo sobre esse tipo de prática, auxiliando na conscientização, reflexão, prevenção e promoção de um ambiente de trabalho saudável.”

Escândalo do MEC: Moraes pede para PGR se manifestar sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF

28 de junho de 2022 at 22:25

Envio à PGR é praxe nesse tipo de caso. PF apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas do MEC. Em conversa interceptada pela Polícia Federal, ex-ministro disse ter sido informado por Bolsonaro sobre possibilidade de ser alvo de buscas.

Por Márcio Falcão, TV Globo — Brasília

28/06/2022 21h35  Atualizado há 45 minutos


Ministro Alexandre de Moraes em abril de 2022.  — Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Ministro Alexandre de Moraes em abril de 2022. — Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um pedido para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Polícia Federal durante as investigações sobre o esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

A PF apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas do MEC. Na última quarta-feira (22), o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores denunciados foram presos. Um dia depois, eles foram soltos, por decisão da Justiça.

Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado “pressentimento” de que o ex-ministro poderia ser usado para atingir o presidente. Na conversa, Ribeiro também fala da possibilidade de ser alvo de busca e apreensão, como de fato foi, dias depois.

“Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?”, disse Ribeiro. Em seguida, o ex-ministro afirma: “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê”, disse o ex-ministro.

Moraes analisou um pedido feito pelo líder da oposição, Randolfe Rodrigues (REDE- AP), após a divulgação de intercepção telefônica indicar que Bolsonaro teria alertado o ex-ministro Milton Ribeiro de que ele poderia ser alvo de busca e apreensão.

A decisão de Moraes é praxe nesse tipo de caso. Cabe à PGR decidir se há elementos para abrir uma investigação formal contra Bolsonaro.

Ao STF, Randolfe Rodrigues afirmou que há indícios de “suposta nova interferência do Presidente da República JAIR BOLSONARO na Polícia Federal” e pediu que sejam adotadas “as medidas cabíveis a fim de evitar interferências indevidas da cúpula do Poder Executivo nas atividades-fim da Polícia Federal”.

Esse é o terceiro pedido que o STF envia para a PGR avaliar se há indícios contra Bolsonaro no escândalo do MEC. A ministra Cármen Lúcia encaminhou para a Procuradoria pedidos dos deputados Reginaldo Lopes e Israel Batista para que o presidente seja investigado.

advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, disse ter sido autorizado pelo presidente a dizer à imprensa que ele “não interferiu na PF” e que não tem “nada a ver com essas gravações”.

Oposição articula maioria na CPI do MEC para reviver CPI da Covid

28 de junho de 2022 at 21:34

Ideia é convocar investigados, ministros e aliados de Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto no FNDEPrédio do Ministério da Educação, em BrasíliaPrédio do Ministério da Educação, em Brasília23/03/2022REUTERS/Ueslei Marcelino

Caio Junqueira

28/06/2022 às 21:07 | Atualizado 28/06/2022 às 21:24

A oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) trabalha nos bastidores para montar uma maioria contrária ao governo na CPI do MEC e, assim, tentar reativar o formato da CPI da Covid, na qual o Palácio do Planalto foi o principal alvo das investigações.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou à CNN que os nomes que vêm sendo trabalhos para as indicações são os seguintes:

  1. MDB: Renan Calheiros e Marcelo Castro
  2. PSDB: Alessandro Vieira ou Izalci Lucas
  3. Podemos: Jorge Kajuru
  4. PSD: Carlos Favaro e Daniella Ribeiro
  5. Rede: Randolfe Rodrigues
  6. PT: Jean Paul Prates, Fabiano Contarato ou Humberto Costa

Com isso, seriam oito nomes entre oposicionistas ou independentes, um a mais que o grupo de sete senadores que liderou a CPI da Covid, que ficou conhecido como G7.

Com essa maioria, o grupo já começa a discutir a lista de ministros e ex-ministros para depor e apontam que além deles, a cúpula do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) será prioridade também nas investigações.

O órgão, responsável por gerenciar todos os recursos do ministério, é comandado por aliados do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. O presidente do FNDE, Marcelo Lopes, foi chefe de gabinete de Ciro no Senado. Já Garigham Amarante Pinto, diretor Ações Educacionais do órgão, é indicado de Valdemar. Foi por meio do FNDE que foram fechados contratos com prefeituras com intermediação dos pastores Gilmar e Arilton.

“Vamos chamar a cúpula do FNDE para depor certamente”, disse à CNN o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), um dos que subscreveram o pedido de CPI. Ele aponta que também deverão constar nas oitivas o ex-ministro Milton Ribeiro, o atual ministro Victor Godoy, o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, e o ministro da Justiça, Anderson Torres. Rosário seria convocado com o objetivo de explicar os procedimentos do relatório que foi produzido pelo órgão sobre as acusações. Já Torres o objetivo seria explicar se houve interferência do governo nas investigações da Polícia Federal.

Vieira, que foi um dos protagonistas na CPI da Covid, aponta que essa CPI deverá ser distinta pois naquela havia uma pressão e urgência maior uma vez que a pandemia estava em curso e era necessário pressionar o governo a tomar as medidas necessárias. “Nesta do MEC os fatos já ocorreram e já há bastante documento. Naquela os fatos estavam em andamento”, disse.

O presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), disse que “a rigor a investigação será concentrada no MEC e no FNDE”. “Todos os contratos foram feitos com o FNDE. O padrão é sempre o mesmo. Pastores conectavam o prefeito e iam ao ministério que empoderava o FNDE para liberar os recursos. Só que as obras eram superfaturadas e muitas nunca saíram do papel”.

Randolfe Rodrigues também defende que ministros sejam convocados, mas avalia que a partida deve ser com os investigados pela Polícia Federal. “Na minha avaliação é melhor começarmos com os investigados, os alvos da operação da semana passada. Aí a gente vai evoluindo”, afirmou.

O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), contesta as premissas dos oposicionistas.

“O governo não tolera a corrupção. A Polícia Federal está trabalhando. É uma CPI que vem a reboque dos trabalhos da Polícia”, afirmou. Ele disse ainda que deve ir ao STF reivindicar que seja aberta a CPI de sua autoria para investigar obras inacabadas no MEC durante as gestões petistas. “Não existe corrução seletiva. O problema não é investigar, é investigar para fazer palanque eleitoral. Se é para investigar corrupção, vamos investigar a corrupção do PT.”

Procurado, o FNDE não se manifestou.

Garigham Amarante informou “estar tranquilo porque atuou com atenção estrita aos ditames legais e sempre escorado em pareces das áreas técnicas. Essa movimentação toda de alguns parlamentares tem um claro objetivo político eleitoral. Só esperamos que esse barulho não atrapalhe os bons projetos que estão em andamento na área da Educação, bem como, resguarde a carreira inatacável de mais de 25 anos de servidor público.”

NOVA ROTA AÉREA

28 de junho de 2022 at 21:03

Voos para Salinópolis iniciam a partir desta quinta (30)

Trecho entre os aeroportos de Belém e de Salinópolis será inaugurado na quinta-feira (30), com voos regulares em quatro dias da semana.

 terça-feira, 28/06/2022, 20:48 – Atualizado em 28/06/2022, 20:47 –  Autor: Com informações da Azul/DOL


Turistas que queiram conhecer Salinópolis agora tem opção por via aérea

 Turistas que queiram conhecer Salinópolis agora tem opção por via aérea | Marco Santos / Ag. Pará

O turismo no litoral paraense é rico de belezas e são muitos os lugares para se visitar e curtir a natureza e o ambiente paradisíaco. Salinópolis, no nordeste do estado, é um dos municípios mais visitados pelos turistas que buscam a tranquilidade e a infinidade de opções que a cidade litorânea proporciona.

Pensando no potencial turístico da região, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), apresentará nesta quinta-feira (30) a operação para o primeiro voo até o município de Salinópolis, que ocorrerá às 14h do mesmo dia.

Os voos serão operados pela companhia aérea Azul, com saída de Belém em quatro dias da semana: domingo, terça e quinta-feira, às 14h. Haverá ainda um voo no sábado, às 10:55. A viagem tem duração de aproximadamente uma hora.

A rota aérea entre Belém e Salinópolis foi criada a partir da iniciativa do atual governador do Pará, Helder Barbalho, quando ainda era ministro da Integração Nacional, o qual possibilitou vários pacotes de investimentos, permitindo a criação da rota como parte de um amplo programa de desenvolvimento regional. O pacote incluiu energia renovável, transportes e infraestrutura aeroportuária no Brasil.

A compra de passagens pode ser feita por meio do site da Azul Linhas Aéreas, onde é feita a escolha da rota, do dia e horário dos voos disponíveis para reservas.

AEROPORTO

O Aeroporto de Salinópolis teve as obras concluídas em julho do ano passado e conta com uma nova pista, com 1,9 km de extensão, o que permite pousos e decolagens de aeronaves com até 60 passageiros.

Após dez anos interditado, o aeroporto passou por obras em todo o terminal de passageiros. A nova estrutura inclui sala de espera, banheiros, lanchonete, balcão de informações, salas administrativas, embarque, desembarque e outras dependências.

As alterações foram feitas para atender à nova regulamentação da Infraero, que entrou em vigor em setembro de 2019. Após ser entregue pelo Governo do Pará, o aeroporto de Salinópolis foi liberado para voos comerciais pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

EXPECTATIVAS

Com a implantação da rota aérea, o Governo do Pará tem a expectativa de que todos os municípios da região do Salgado ganhem uma nova rota turística.

Além disso, espera-se que haja um aumento no fluxo de turistas em São João de Pirabas, Santarém Novo, Maracanã, Quatipuru e Primavera, além de fortalecer as regiões de Capanema, Peixe-Boi, Augusto Corrêa e Nova Timboteua.

QUASE PRONTO

28 de junho de 2022 at 19:58

Obras avançam e Mangueirão já exibe novo visual

Um Estádio Olímpico novinho está bem perto de ser entregue. As mudanças já podem ser vistas por quem passa próximo do espaço mais nobre do futebol paraense.

 terça-feira, 28/06/2022, 19:40 – Atualizado em 28/06/2022, 19:39 –  Autor: DOL


Mangueirão começa a ganhar pintura interna e outros detalhes

 Mangueirão começa a ganhar pintura interna e outros detalhes | Via Whatsapp

Aos poucos, o estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, vai ganhando forma, o que cria expectativa para a sua reabertura a quem está querendo matar a saudade do espaço mais nobre do futebol paraense.

Não é somente o plantio do gramado que dá cara ao estádio. Além do plantio, a pintura das arquibancadas já começa a ganhar destaque, cujo processo é necessário antes da implantação dos novos assentos . A fachada e outras dependências também estão recebendo melhorias. Cerca de 70%.das obras já estão concluídas. 

Os operários trabalham na parte interna para deixar tudo pronto e entregar a obra até o mês de setembro, período previsto para a entrega do novo estádio Olímpico do Pará, que agora terá capacidade para 53 mil torcedores.

Sem o Mangueirão, Remo e Paysandu vão se enfrentar em mais um clássico Rei da Amazônia, neste domingo (3), no Baenão pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C.

RANKING

28 de junho de 2022 at 17:37

Belém é a capital menos violenta do Norte-Nordeste do país

O ranking mostra que Belém foi de 1ª à 16ª colocação, desde 2018. Números são comparativos a cada 100 mil habitantes

 terça-feira, 28/06/2022, 15:18 – Atualizado em 28/06/2022, 16:09 –  Autor: DOL


Trabalho ostensivo das forças de segurança mudaram a realidade de medo na capital paraense

 Trabalho ostensivo das forças de segurança mudaram a realidade de medo na capital paraense | Agência Pará

OBrasil teve uma queda de 6% no que diz respeito ao número de mortes violentas entre 2020 e 2021. Ou seja: homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes cometidas pela polícia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28), pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Ao menos 21, das 27 capitais do país tiveram queda no número de mortes violentas. As capitais que registraram aumento nesse tipo de crime foram: Manaus (48,9%), Macapá (31,2%), Boa Vista (9,9%), Porto Velho (8,6%), Teresina (9,5%) e Salvador (3,4%).

Chama a atenção que, das seis, quatro estão no Norte, única região do país que teve aumento na violência no ano passado (9%). 


Belém, no entanto, está entre as cidades que registraram declínio no número de mortes violentas. Sendo assim um oposto ao cenário de 2018, em que a capital paraense era a cidade com mais mortes violentas no país. A taxa era de 77 assassinatos para cada cem mil habitantes. 

O ranking das capitais do país pela taxa (mortes por 100 mil habitantes), mostra que Belém foi de 1ª à 16ª colocação, desde 2018. Número muito expressivo durante os últimos 4 anos. Macapá aparece na 1ª colocação e São Paulo na 27ª da listagem atual.

Veja o Ranking completo das cidades com mais mortes violentas no Brasil:

1. Macapá – 63,2

2. Salvador – 55,6

3. Manaus – 52,5

4. Teresina – 37,0

5. Boa Vista – 34,8

6. Fortaleza – 34,3

7. Recife – 33,1

8. Porto Velho – 32,4

9. Maceió – 29,8

10. Aracaju – 29,4

11. João Pessoa – 28,1

12. Natal – 24,0

13. Rio Branco – 23,1

14. São Luís – 22,8

15. Palmas – 22,3

16. Belém – 22,3

17. Vitória – 21,1

18. Porto Alegre – 20,0

19. Rio de Janeiro – 19,2

20. Curitiba – 16,7

21. Goiânia – 16,6

22. Campo Grande – 15,3

23. Distrito Federal – 11,2

24. Florianópolis – 10,8

25. Belo Horizonte – 10,8

26. Cuiabá – 10,6

27. São Paulo – 7,7