Polícia Civil prende suposto mandante da morte de radialista em Bragança;

8 de abril de 2020 at 15:53

Diario Online

 Reprodução

As equipes da Polícia Civil de Bragança cumpriram, na manhã desta quarta-feira (8), o mandado de prisão preventiva contra Cesar Monteiro Gonçalves, vereador do município, por suspeita de envolvimento com o homicídio qualificado contra o radialista Jairo Souza, ocorrido em julho de 2018.

A equipe responsável pela prisão, liderada pelo delegado Thiago Muniz, foi a mesma que representou pela cautelar contra Cesar Monteiro, que seria o suposto mandante da morte do radialista. Ele foi preso em sua residência, localizada no Conjunto João Alves da Mota, em Bragança. 

O vereador estava foragido desde o início do processo criminal. Cesar Monteiro Gonçalves realizou exame de Corpo Delito e será encaminhado à unidade prisional em Belém.

Decisão judicial dá continuidade ao concurso da Polícia Militar do Pará

8 de abril de 2020 at 05:38

Ag. Pará

 Divulgação

O esperado concurso da Polícia Militar, que vai oferecer 2.405 vagas para o curso de formação de praças e oficiais combatentes, terá continuidade.

Em razão de decisão judicial, divulgada na segunda-feira (06), foi mantido o processo licitatório de Concorrência Pública nº 002/2019, que visa escolher a banca responsável pelo planejamento, organização, realização, processamento e resultado final do certame.

A decisão que garante a retomada dos procedimentos administrativos do concurso público é da desembargadora Edilza Pastana Mutran, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA), que acatou pedido do governo do Estado, apresentado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A ordem judicial foi tomada em razão dos riscos que a demora na realização do concurso pode trazer às ações de segurança mantidas pelo Estado. 

URGÊNCIA

Outro fator destacado na decisão judicial diz respeito à conjuntura de estado de calamidade pública, decretado pelo governo do Estado, em consequência da pandemia de Covid-19, que torna ainda mais urgente a continuidade do procedimento licitatório. Além disso, a juíza destacou a necessidade em suprir a demanda já existente e a preparação da Segurança Pública para futuros desafios.

“Nos próximos dias será marcada nova data para realização da concorrência que vai definir a escolha da banca prestadora de serviço, a qual realizará o concurso, para a seleção de candidatos ao quadro de oficiais e praças combatentes da PMP”, explicou o major Nelson Alves de Sena, chefe administrativo da Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Polícia Militar.

O procedimento licitatório foi suspenso no dia 16 de fevereiro de 2020, depois de uma decisão da juíza Betânia de Figueiredo Pessoa Batista, que atendeu ao pedido de mandado de segurança requerido por uma das bancas examinadoras concorrentes. Desde então, Concorrência Pública nº 002/2019 estava paralisada, até a decisão de segunda-feira (06).

O concurso público da Polícia Militar vai ofertar 2.310 vagas para o quadro de praças combatentes e 95 vagas para o quadro de oficiais combatentes. O certame da PM faz parte de um conjunto de ações do Governo do Pará que visa assegurar os direitos da sociedade e atender às demandas na área de Segurança Pública.

Brasil terá pico de Covid-19 em abril e maio, e vírus deve circular até meados de setembro, afirma Mandetta e especialistas em relatório técnico

7 de abril de 2020 at 10:13

Isolamento social e uso de máscaras são medidas apontadas como formas de prevenção à doença no Brasil.

Por G1

Um relatório técnico assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e especialistas em saúde afirma que o Brasil terá pico dos casos de Covid-19 em abril e maio e que o país continuará enfrentando a pandemia até meados de setembro. O texto foi publicado nesta terça-feira (7) na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical” e divulgado pela agência de notícias científicas Bori.

O texto fala sobre como o Brasil enfrenta a pandemia, traz a cronologia das ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do país, e alerta para o período de outono e inverno, em que há maior ocorrência de doenças respiratórias. O relatório também cita medidas como isolamento social e uso de máscaras como formas de conter a pandemia no Brasil.

“Embora o Brasil esteja tentando implementar medidas para reduzir o número de casos, principalmente focados no isolamento social, um aumento nos casos de Covid-19 é esperado nos próximos meses. Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio”, diz o relatório, sem citar números.

“Assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com Covid-19, bem como a disponibilidade de testes de diagnóstico específicos”, alerta o documento.

Isolamento social e uso de máscaras

O isolamento social é apontado como uma das medidas usadas no Brasil para evitar a disseminação da doença.

“O isolamento social é uma medida que deve ser sugerida no início [do surgimento dos caso] para achatar a curva epidemiológica com o mínimo possível de impacto econômico”, dizem os especialistas no relatório.

“Se o distanciamento social é eficaz [para conter a pandemia] (…), o impacto econômico poderá ser mitigado quando a atual pandemia de Covid-19 for controlada”, afirma o documento.

O relatório também cita o uso de máscaras como uma das medidas de prevenção que podem ajudar a conter o avanço da pandemia. Na Ásia, o uso de máscaras é culturalmente aceito e não há o costume de abraços de beijos, como há no Brasil. “Essas diferenças podem ser decisivas em evolução das pandemias”, afirma o documento.

O autor principal do relatório é o médico infectologista Julio Croda, que em março deixou o cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis e é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (MS) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Assina também Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, entre outros.

Evolução dos casos de coronavírus no Brasil até 06 de abril de 2020 — Foto: Arte/G1

Evolução dos casos de coronavírus no Brasil até 06 de abril de 2020 — Foto: Arte/G1

Mulher de 100 anos é a quarta vítima fatal do coronavírus no Pará

6 de abril de 2020 at 16:17

Diário Online

Pará já registra mais de 100 casos confirmados de coronavírus.

 Pará já registra mais de 100 casos confirmados de coronavírus. | Reprodução

Foi confirmada, na tarde desta segunda-feira (6), a quarta morte por coronavírus no Pará. A informação foi repassada pela Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sespa).

De acordo com a Sespa, a quarta vítima é uma idosa de 100 anos, que morava em Belém. Na manhã de hoje, o órgão estadual confirmou a morte de um homem, de 41 anos, também de Belém.

No total, são três mortes registradas por Covid-19 na capital paraense. 

Sespa Pará@SespaPara

Confirmamos mais um óbito por Covid-19. Um homem, 41 anos, de Belém. Agora são três óbitos confirmados no Pará. O segundo de Belém.2.59912:06 – 6 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads777 pessoas estão falando sobre isso

A Sespa informou ainda, que há 103 casos confirmados de Covid-19 no Pará, 1.069 casos descartados, 106 casos em análise e 3 óbitos. A atualização ocorreu às 13h de hoje.

Sespa Pará@SespaPara

A Sespa informa que há 103 casos confirmados de Covid-19 no Pará, 1.069 casos descartados, 106 casos em análise e 3 óbitos. A atualização ocorreu às 13h de 06.04.2020.

Ver imagem no Twitter

88113:25 – 6 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads253 pessoas estão falando sobre isso

A primeira morte em Belém foi de uma mulher de 50 anos, o 95º caso confirmado.

O último balanço divulgado pela Sespa informou que o Pará já confirmou 103 casos de Covid-19, sendo a maioria de Belém.

Em comparativo, o crescimento nos números do Pará é semelhante ao do Amazonas há cerca de uma semana. Agora, o Estado vizinho, cuja população também não vem respeitando o isolamento necessário, possui 417 casos e 15 mortes, a maioria em Manaus. 

MEC autoriza antecipar formatura de alunos da área de saúde

6 de abril de 2020 at 10:31

Agência Brasil

Medida vale para instituições federais de ensino.

 Medida vale para instituições federais de ensino. | Unsplash

Ministério da Saúde autorizou a formatura de alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, exclusivamente para atuação desses profissionais nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. A Portaria nº 374/2020 foi publicada hoje (6) no Diário Oficial da União.

A medida vale para instituições federais de ensino e tem caráter excepcional, enquanto durar a situação de emergência de saúde pública. Para antecipar a colação de grau, os alunos precisam ter cumprido 75% da carga horária prevista para o período de internato médico ou estágio supervisionado.

O internato médico é o período de dois anos de estágio curricular obrigatório para os estudantes de medicina. Já o estágio obrigatório supervisionado para os cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia equivalente a 20% da carga horária total do curso.

A seleção e alocação dos profissionais será articulada com os órgão de saúde municipais, estaduais e distritais. Para as ações de combate à covid-19, o Ministério da Saúde emitirá um registro profissional provisório.

De acordo com a portaria, a carga horária dedicada pelos profissionais no esforço de contenção da pandemia deverá ser computada pelas instituições de ensino para complementação das horas devidas de estágio obrigatório, para a obtenção do registro profissional definitivo. A atuação dos profissionais também será bonificada, uma única vez, com o acréscimo de 10% na nota final do processo de seleção pública para o ingresso nos programas de residência.

Na semana passada, o governo encaminhou ao Congresso a Medida Provisória (MP) nº 934/2020 que estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior. Nela está previsto que instituições de educação superior poderão abreviar a duração desses cursos, desde que o aluno cumpra, no mínimo, 75% da carga horária do internato do curso de medicina ou do estágio curricular obrigatório dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia.

Ceará deve ser o primeiro estado a atingir pico de infecção por coronavírus, alertam pesquisadores

6 de abril de 2020 at 09:36

Projeção indica que no início de abril o estado deve registrar 3 mil casos de infecção e alcançar o segundo lugar em números de pacientes com a Covid-19. O pico deve ocorrer no dia 25 deste mês.

Por Lucas Falconery, G1 CE

Ceará deve superar o número de 3 mil pacientes com a doença, segundo relatório — Foto: Mauricio Bazilio / SES

Ceará deve superar o número de 3 mil pacientes com a doença, segundo relatório — Foto: Mauricio Bazilio / SES

Pesquisadores da Rede CoVida, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA) indicam que o Ceará deve ser o primeiro estado brasileiro a atingir o pico de infecções pelo novo coronavírus, no dia 25 de abril. Além disso, o relatório estima que o estado deve superar os 3 mil pacientes com a doença ainda nesta semana e ficar em segundo lugar entre os mais afetados do país.

Já são 824 pessoas infectadas e 26 mortos com complicações pela doença, um mês após a primeira confirmação de infecção pelo novo coronavírus no Ceará, de acordo com os registros da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), divulgados neste domingo (5).

No boletim da Rede CoVida consta que o Ceará deve alcançar o número de 3.053 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, ultrapassando o Rio de Janeiro (2.887) e ficando atrás apenas de São Paulo (11.684), nesta quarta-feira (8). O cálculo aponta, ainda, que o Brasil deve ter cerca de 21 mil casos de pacientes infectados e mais de 500 mortes pela doença neste mesmo dia.

O grupo formado por estatísticos, epidemiologistas, físicos, cientistas da computação, economistas e comunicólogos, entre outros, calculou o potencial de reprodução da doença para descobrir a velocidade que o vírus se espalha nos estados brasileiros. Assim, os estudiosos consideraram como uma pessoa infectada pode propagar a doença nas regiões analisadas. Dessa forma, eles identificaram o fator de reprodução, R0, de 2,56, no Ceará.

Valores a partir de R0 a partir de 1 classificam o local com “epidemia em expansão”. Com índice semelhante ao do Ceará, com R0 superior à 2, estão estados como Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na Itália, país onde a propagação do vírus aconteceu de forma rápida, a taxa R0 é de 3.

Além da taxa de transmissão, os pesquisadores avaliam o número de pessoas curadas e a quantidade de óbitos em decorrência da Covid-19 em um modelo denominado SIR (Suscetíveis, Infectados e Recuperados). O estudo considera que os pacientes com alta após a Covid-19 não podem ser infectados novamente, mas pondera que outras pesquisas apontam a possibilidade de adoecer uma segunda vez pelo vírus.Casos de coronavírus no CearáCasos confirmadosMortes confirmadas15/0316/0317/0318/0319/0320/0321/0322/0323/0324/0325/0326/0327/0328/0329/0330/0331/0301/0402/0403/0404/0405/040200400600800100030/03
● Casos confirmados: 382
Fonte: Sesa

Isolamento social

Os impactos do distanciamento social e da restrição no movimento de pessoas nas ruas ainda estão sendo analisados pelo grupo. Os resultados dessa medida preventiva, também recomendada pelos pesquisadores, devem ser demonstrados nos próximos boletins semanais da Rede CoVida.

Camilo Santana anunciou, neste sábado (4), a prorrogação do decreto que proíbe o funcionamento de estabelecimento comerciais até o dia 20 de abril. As atividades foram paralisadas no dia 20 de março. O Governo do Estado também suspendeu as aulas presenciais em todas as modalidades de ensino até o início de maio. Tais medidas são baseadas em estudos científicos como forma de conter o avanço da doença no Ceará, como argumentou o governador.

Na publicação feita pelos pesquisados na Bahia é utilizado o modelo SIR que parte de parâmetros e comparações com experiências anteriores de propagação de doenças e tem como base os padrões observados nas populações em que é aplicado.

“No decorrer da epidemia e com os avanços dos conhecimentos sobre as suas características em nosso contexto, os parâmetros vão sendo melhor definidos e os modelos vão sendo qualificados, tornando-se mais robustos e incrementando a sua capacidade preditiva”, reforçam no artigo.

As informações utilizadas para a projeção são colhidas nas secretarias estaduais da saúde devido às inconsistências observadas entre os dados divulgadas por estes órgãos e pelo Ministério da Saúde. “Temos a convicção de que esforços estão sendo feitos para a correção destes problemas e que poderemos ter um sistema aperfeiçoado dos dados oficiais da epidemia”, acrescentam.

Medidas

Os pesquisadores listam várias propostas para conter os efeitos da doença no país como as medidas de distanciamento social e restrição de viagens, proteção aos idosos e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, eles pedem o fortalecimento dos sistemas de registro, fluxo, processamento e divulgação de dados e informações. Confira outras recomendações:

  • Estimular o isolamento de pessoas com sintomas respiratórios (em especial que inclua tosse), que tiveram início em período recente, portanto, que não sejam casos crônicas
  • Intensificar a preparação dos serviços de saúde com todos os recursos que possam ser mobilizados, com ênfase no aumento no número de leitos, equipamentos hospitalares (incluindo EPIs, respiradores e outros insumos estratégicos) e pessoal
  • Buscar manter a capacidade dos serviços de saúde de atender as demandas de problemas graves, não relacionadas ao Covid-19;
  • Garantir exames diagnósticos de qualidade e em número suficiente para subsidiar a estratégia de proteção das equipes de assistência à saúde em adição às prioridades já estabelecidas.
  • Conscientizar a população a buscar o uso de serviços de saúde majoritariamente em situações de urgência e emergência, e garantir o acesso a serviços essenciais tais como atendimento pré-natal, violência contra a mulher, e tratamento de doenças crônicas (infecciosas ou não infecciosas).

A pedido do G1 , os pesquisadores devem analisar os dados para estimar o número de infectados e o registro de óbitos no pico indicado no relatório. A reportagem também procurou a Secretaria de Saúde do Ceará para saber com que estimativa o Governo baseia suas ações e aguarda resposta.

Ampliação

Um projeção da Sesa indica que são necessários 1.000 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para os próximos três meses, exclusivas para o atendimento de pacientes com o novo coronavírus. Até junho, o Estado deve conseguir estruturar 800 unidades, como explicou Carlos Roberto Sobrinho, o Dr. Cabeto, Secretário da Saúde.

“Tudo o que definimos é em cima de estudos, pesquisadores que estão analisando diariamente para que a gente conheça qual vai ser nosso ponto de saturação. Para que a gente consiga esse achatamento da curva e não tenha saturação do sistema como aconteceu na Itália, Espanha e Estados Unidos, que negligenciaram o controle inicial”, ressaltou o secretário.

Coronavírus: infográfico mostra principais sintomas da doença — Foto: Foto: Infografia/G1

Coronavírus: infográfico mostra principais sintomas da doença — Foto: Foto: Infografia/G1


Governo vai distribuir vale-alimentação para estudantes

6 de abril de 2020 at 09:19

Redação
DOL

Secretária da Seduc, Elieth Braga, afirma que ajuda aos alunos será importante para aquecer também a economia no estado

 Secretária da Seduc, Elieth Braga, afirma que ajuda aos alunos será importante para aquecer também a economia no estado | Marco Santos/Agência Pará


A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou, nesta sexta-feira (3), em edição extra do Diário Oficial do Estado, edital para contratação de empresa especializada em gestão de vale-alimentação para atendimento das necessidades de alimentação escolar, durante a suspensão das aulas da rede pública estadual de ensino devido ao distanciamento social imposto pela pandemia do coronavírus, conforme o decreto nº 609/20 no âmbito estadual.

Morre segunda vítima do coronavírus no Pará: é de Belém e tinha 50 anos

O objetivo é disponibilizar vale-alimentação (em cartão magnético ou voucher impresso) para que os próprios responsáveis dos alunos façam a aquisição nos estabelecimentos comerciais dos municípios, aquecendo a economia e facilitando a logística de distribuição. Para a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, a mudança na estratégia permitirá mais agilidade na distribuição, considerando as dificuldades logísticas pelas características e dimensões geográficas do estado. “Essa será uma distribuição muito rápida em razão de que o vale vai direto para a escola, assim como eram as cestas. A diferença é que o próprio pai ou mãe irá no estabelecimento que aceita aquele vale-refeição para comprar aquilo que melhor lhe agradar. Então é o momento em que há incentivo à economia do estado pela rapidez com que vai chegar às famílias, nos próximos 15 dias, no máximo”, afirmou a titular da Seduc.

A avaliação das propostas considerará critérios como o menor preço por lote no serviço, bem como a rede ativa de estabelecimentos credenciados (supermercados, mercados e padarias, preferencialmente) no ato de assinatura do contrato, conforme os endereços escolares informados no edital. “Caso na chamada pública, fiquem alguns municípios ou região de fora, a Secretaria fará um novo chamamento público para alcançar as pessoas destas regiões mais longes, que são fornecedoras locais para que essas cestas cheguem rapidamente aos alunos”, tranquilizou a secretária de Educação, frisando a preocupação do Governo do Pará com a transparência e agilidade na conclusão do processo.

O crédito será no valor de R$ 80,00 por aluno, com validade de 90 dias. Quando as entregas retomarem, possivelmente após a Semana Santa, os pais, responsáveis ou alunos com idade maior a 18 anos, deverão retirar os vales-alimentação nas próprias escolas, mediante apresentação de documento de identidade e conforme cronograma a ser divulgado no site da Seduc.

INCÊNDIO Prédio do Senai em Belém pega fogo na madrugada. Veja o video!

6 de abril de 2020 at 08:27

Mauro Neto (Editor)

DOL

| Reprodução

Um incêndio atingiu o prédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Belém. O prédio, localizado na travessa Mauriti esquina da avenida João Paulo II foi tomado pelas chamas logo depois de uma hora da madrugada  desta segunda-feira, 6.

O Corpo de Bombeiro foi acionado e já se encontra no local no combate às chamas.

Moradores de prédios vizinhos e casas vizinhas ao Senai relataram que a fumaça estava invadindo seus lares.

Número de casos dispara em Belém e Pará agora possui 102 infectados por coronavírus

6 de abril de 2020 at 07:07

Enderson Oliveira

DOL

Reprodução

Com grande parte da população ainda nas ruas como se não houvesse riscos, a pandemia de Covid-19 está cada vez mais acelerada no Pará.

Em balanço divulgado nos primeiros minutos desta segunda-feira (06), a Secretaria De Estado de Saúde (Sespa) informou que agora 102 casos já foram confirmados, sendo a maioria de Belém.

Sespa Pará@SespaPara

Confirmamos mais 16 casos de Covid-19 no Pará. Maiores detalhes durante esta segunda-feira (06).

Ver imagem no Twitter

1.49100:31 – 6 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads626 pessoas estão falando sobre isso

A capital paraense também já possui sua primeira morte, de uma mulher de 50 anos, o 95º caso confirmado.

O crescimento nos números do Pará é semelhante ao do Amazonas há cerca de uma semana. Agora, o Estado vizinho, cuja população também não vem respeitando o isolamento necessário, possui quase 500 casos e 15 mortes, a maioria em Manaus. 

ALERTA!

O coronavírus, ao contrário do que muitos insistem em afirmar de forma equivocada ou mesmo tendenciosa, não atinge apenas pessoas mais velhas. Pelo contrário: em Belém, o maior número de infectados está de 20 a 35 anos. Ao longo do dia, mais novos casos infelizmente devem ser confirmados.

Sem citar nomes, Bolsonaro ameaça demitir ‘estrelas’; veja vídeo!

6 de abril de 2020 at 06:45

FOLHAPRESS

Fala veio em meio ao fogo cruzado entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Saúde

 Fala veio em meio ao fogo cruzado entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Saúde | Reprodução/Facebook

Sem citar nomes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste domingo (5) que integrantes de seu governo “viraram estrelas” e que a hora deles vai chegar. Em uma ameaça velada de demiti-los, disse não ter “medo de usar a caneta”.

“[De] algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora D não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles, porque a minha caneta funciona”, afirmou Bolsonaro a um grupo de cerca de 20 religiosos que se aglomerou diante do Palácio da Alvorada.

“Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil. Não é para o meu bem. Nada pessoal meu”, disse o presidente.

VEJA O VÍDEO!

Bolsonaro não falou com os jornalistas nem permitiu que a imprensa se aproximasse do local onde conversou com os religiosos. No entanto, parte da conversa foi transmitida pelo próprio governo em suas redes sociais. Outros trechos da fala de Bolsonaro foram gravados por apoiadores.

Nos últimos dias, Bolsonaro vem se estranhando com seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e chegou a afirmar que falta humildade ao seu auxiliar e que ele extrapolou.

O presidente tem divergido, entre outras coisas, das medidas de isolamento social defendidas por Mandetta para combater a pandemia do coronavírus. Bolsonaro adotou um discurso contrário ao fechamento de comércio nos estados, enquanto Mandetta defende que as pessoas fiquem em casa.

Logo após essa declaração, dada na quinta-feira (2), o ministro reagiu e disse: “Não comento o que o presidente da República fala. Ele tem mandato popular, e quem tem mandato popular fala, e quem não tem, como eu, trabalha”.

Nos bastidores, Mandetta tem dito a aliados que não pretende pedir demissão e só sairá do cargo por decisão de Bolsonaro. Procurado pela reportagem para se manifestar sobre as declarações do presidente neste domingo, o ministro não respondeu.

Além de Mandetta, outros ministros têm discordado de Bolsonaro nessa crise. Conforme a Folha de S.Paulo mostrou, Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) se uniram nos bastidores no apoio ao colega da Saúde e na defesa da manutenção das medidas de distanciamento social e isolamento da população.

O trio formou uma espécie de bloco antagônico. Com o apoio de setores militares, criou-se um movimento oposto ao comportamento do presidente.

Segundo pesquisa Datafolha realizada na semana passada, a aprovação da condução da crise do coronavírus pelo Ministério da Saúde disparou e já é mais do que o dobro da registrada por Bolsonaro. Governadores e prefeitos também têm avaliação superior à do presidente.

Na rodada anterior, feita de 18 a 20 de março, a pasta conduzida por Mandetta tinha uma aprovação de 55%. Agora, o número saltou para 76%, enquanto a reprovação caiu de 12% para 5%. Foi de 31% para 18% o número daqueles que veem um trabalho regular da Saúde.

Já o presidente viu sua reprovação na emergência sanitária subir de 33% para 39%, crescimento no limite da margem de erro. A aprovação segue estável (33% ante 35%), assim como a avaliação regular (26% para 25%).”

A relação entre o ministro e Bolsonaro vem numa escalada de tensão e subiu no final de março, quando o presidente resolveu dar um passeio pela periferia de Brasília, contrariando todas as orientações do Ministério da Saúde. O giro de Bolsonaro ocorreu um dia após Mandetta ter reforçado a importância do distanciamento social à população nesta etapa da epidemia do coronavírus.

Neste domingo, Bolsonaro, que já demitiu quatro ministros ministros (Gustavo Bebianno, Ricardo Vélez, Santos Cruz e Osmar Terra) e deslocou outros três (Floriano Peixoto, Gustavo Canuto e Onyx Lorenzoni) desde que assumiu o poder, em 2019, disse ter errado na escolha de alguns deles.

“Escolhi, critério técnico, errei alguns, alguns já foram embora. Estamos vivendo agora um novo momento. Uma crise, chegou no mundo todo, não deixou o Brasil de fora. O outro problema que vivemos é a questão do desemprego”, disse Bolsonaro.

Desrespeitando as recomendações das autoridades sanitárias, ele e seu ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) fizeram uma aglomeração com evangélicos que jejuaram durante todo o dia diante da Alvorada.

O presidente, que convocou o jejum como forma de combater o coronavírus, recebeu aliados, entre eles o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF). De acordo com o ex-deputado, Bolsonaro estava de jejum desde a 0h de domingo e havia tomado apenas uma xícara de café. “Só o cafezinho. Não vi ele comer nada”, disse.

Segundo Fraga, o presidente relatou sua preocupação com a situação econômica. “Claro que ele está preocupado demais com a situação do país, dizendo que a economia já foi para o beleléu”, afirmou.

Apesar disso, o ex-deputado disse que Bolsonaro não vai editar nenhuma medida para reabrir o comércio, como chegou a anunciar que cogitava. “Não vai fazer decreto. Ele tem consciência de que se fizer um decreto, o Congresso derruba”, disse Fraga.

Embora tenha apertado a mão e abraçado um pastor, Bolsonaro não atendeu a pedidos de posar abraçado com fiéis. “Eu vou ser esculhambado pela imprensa”, disse a uma mulher.

Bolsonaro e os apoiadores oraram, e o presidente chegou a se ajoelhar no chão com eles. Ao falar das consequências econômicas oriundas do coronavírus, afirmou que o Brasil tem um povo “até pacífico demais”.

“Nenhum país no mundo tem o que a gente tem, em especial o povo, até pacífico demais até muitas vezes. Mas a gente tem que pregar isso, uma mensagem de paz e não de terrorismo, histeria, como foi pregado junto ao povo brasileiro”, disse o presidente.

Em mais um ataque a governadores, com quem vem travando uma disputa política em torno das medidas restritivas, ele disse, sem citar nomes, que os chefes dos estados agem por motivações políticas.

“Cada chefe do Executivo querendo dizer que determinou mais medidas restritivas do que o outro, como se estivesse preocupado com a vida de alguém. Alguns se renderam às decisões desses governantes e acabaram cumprindo. Já tem gente que está voltando atrás, tem chefe que está voltando atrás”, afirmou Bolsonaro.

Ainda neste final de semana, a AGU (Advocacia-Geral da União) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o governo Bolsonaro tem seguido todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde no combate à pandemia, incluindo medidas de isolamento social.

Apesar das recorrentes críticas de Bolsonaro ao isolamento, a AGU disse que as medidas adotadas até aqui visam justamente manter as pessoas em casa, a exemplo do auxílio emergencial a trabalhadores informais.

A manifestação foi feita na ação em que o ministro Alexandre de Moraes deu 48 horas para Bolsonaro prestar esclarecimentos sobre o pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para que a corte obrigue Bolsonaro a seguir as recomendações da OMS.

Sem citar o Ministério da Saúde, o advogado-geral da União, ministro André Mendonça, que assina a peça, afirma que todas as pastas da Esplanada têm atuado de maneira coordenada, “observadas as competências de cada uma delas”.